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Domingo, 28 de abril de 2024

Opinião

Dia Mundial do Meio Ambiente: Soluções à poluição plástica

O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado anualmente em 5 de junho. O ano de 2023 marca o 50º aniversário desta data que foi instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1972, durante a Conferência de Estocolmo. Este evento foi considerado um marco na história da preservação do meio ambiente, pois pela primeira vez, dirigentes do mundo inteiro se reuniram para falar sobre o tema. Este ano o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) definiu como tema do Dia Mundial do Meio Ambiente "soluções para a poluição plástica". 

Conforme o PNUMA mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas a cada ano em todo o mundo, e metade deste plástico é projetado para ser usado apenas uma vez. No que tange a produção total, menos de 10% é reciclado e estima-se que 19 a 23 milhões de toneladas acabem anualmente em lagos, rios e mares, assim trazendo grandes desafios para a efetivação do desenvolvimento sustentável.

A metodologia Lixo Zero é uma alternativa capaz de reduzir a produção anual de plástico. O conceito Lixo Zero busca eliminar o envio de resíduos para aterros sanitários e incineradores, promovendo práticas sustentáveis de gestão de resíduos. Além de gerar valor aos negócios,  promove uma imagem corporativa mais responsável. Na condição de consumidores conscientes, devemos ao máximo evitar o plástico de uso único. É o caso daqueles garfinhos usados em festas de aniversário e o copinho plástico ainda presente nas organizações públicas e privadas. O uso do plástico de uso único tem impactos ambientais que são praticamente irreversíveis. Por isso, tantas cidades ao redor do mundo têm banido os de uso único, ou descartáveis.

Representantes de 175 nações, incluindo o Brasil, comemoraram o primeiro rascunho de um texto há muito esperado, sobre a eliminação do plástico no mundo. Esta discussão, realizada em Paris no final de maio, coloca em pauta o nosso futuro. A produção anual de plástico mais que dobrou em 20 anos, para 460 milhões de toneladas, pode triplicar até 2060 se nenhuma ação for tomada. Evitando a polêmica, o PNUMA publicou em maio desse ano o relatório "Reutilizar, reciclar e redirecionar" para criar uma "economia circular" do plástico.

Os resíduos acabam nos oceanos, no gelo marinho, no estômago das aves ou mesmo no topo das montanhas. Microplásticos foram detectados até no sangue, no leite materno e na placenta. Pesquisa estima que há 171 trilhões de partículas nos oceanos, o equivalente a 2,3 milhões de toneladas – o peso de 10 mil baleias azuis. A atual economia linear do plástico, que segue o fluxo de "extração, produção e descarte", está sufocando nosso planeta. Juntos, vamos inovar para reduzir, reutilizar e reciclar. Podemos fazer melhor pelo planeta!
 

Thiago Itacaramby é consultor Lixo Zero, gestor ambiental, educador ambiental e comunicador social
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