Olhar Direto

Sábado, 27 de abril de 2024

Opinião

Cibersegurança

Nos últimos anos, o mundo vem passando por uma digitalização sem precedentes, trazendo  muitos benefícios e comodidades para a população. Esse avanço resultou em ganhos para a sociedade, como do conhecimento, maior interatividade entre pessoas, instituições e governos, encurtando as distâncias e simplificando a busca por informações através de um simples clique, conectando indivíduos a uma vasta gama de dados, oportunidades e descobrimentos.
 
O que antes parecia ser apenas ficção se tornou realidade: consultas médicas são realizadas por vídeo, procedimentos complexos de saúde contam com o apoio de especialistas localizados em qualquer parte do mundo. Famílias conseguem se encontrar virtualmente, diminuindo a saudade, bastando possuir um dispositivo acessível como um celular, um computador. Cursos, treinamentos e a transferência de conhecimento tornaram-se corriqueiros. O setor financeiro tornou-se mais acessível. O mundo verdadeiramente encolheu, interligando pessoas, governos e, proporcionando conforto, bem-estar, educação e tantos outros ganhos. A globalização tornou-se uma realidade palpável.
 
Apesar dos benefícios da digitalização, por outro lado, também surgiram preocupações substanciais. No contexto da globalização, todas as interações dependem de dados pessoais e governamentais, que são coletados diariamente, desde uma ida à farmácia, passando pela escola, universidade, hospital, até os órgãos públicos, onde registros e transações digitais como o Pix envolvem a coleta e armazenamento de dados e com isto, muitas portas ficam abertas com as vulnerabilidades dos sistemas e, erros individuais pelo  descuido do uso incorreto de senhas, recebimento de e-mails e etc.
 
Entretanto, à medida que o universo digital cresceu ao longo dos anos, sua segurança se tornou imensuravelmente desafiadora. A ausência de mecanismos plenamente eficazes resulta em exposição dos dados circulantes, envolvendo uma variedade de necessidades digitais. Empresas especializadas em cibersegurança responderam a essa insegurança desenvolvendo ferramentas eficazes e testadas, como da Thales Group, Forcepoint, Picus, Sophos, Fortnet e tantos outras que, implementam softwares e/ou hardwares, relatórios gerenciais dentro dos ambientes digitais para garantir que os dados armazenados não sejam hackeados ou vazados. Caso isso ocorra, os dados estarão criptografados, tornando-se inúteis para os invasores com intenções maliciosas.
 
O vazamento e consequentemente o roubo de dados, acarretam prejuízos incalculáveis. Empresas frequentemente pagam resgates para recuperar seus dados, instituições enfrentam paralisações prolongadas e indivíduos sofrem perdas financeiras, além da exposição a ameaças físicas e diversas formas de exploração, após ataques cibernéticos. Governos também ficam suscetíveis a problemas, como observamos no exemplo no conflito entre Rússia e Ucrânia, que ressalta a dimensão dos desafios a serem enfrentados no mundo digitalizado. Hoje, estamos diante de uma guerra cibernética real e preocupante, onde nenhum governo, instituição ou pessoa está imune aos ataques.
 
O principal desafio da cibersegurança reside em promover discussões aprofundadas, realizar estudos e pesquisas, bem como desenvolver soluções tecnológicas de vanguarda, destinadas a garantir a segurança e proteção dos dados que circulam em um cenário globalizado e altamente interconectado. Sem uma conscientização efetiva, investimentos substanciais em tecnologia, compreensão plena do problema e implementação rigorosa das melhores práticas para a utilização do vasto universo digital, tanto em âmbito individual quanto institucional, nossa sociedade corre o risco de sucumbir na batalha cibernética contra os criminosos digitais, comprometendo o futuro de todos, inclusive da Soberania Digital dos países, caso não haja agora este enfrentamento.
 
 Oscar Soares Martins é Consultor em Cibersegurança Digital
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