Olhar Direto

Terça-feira, 30 de abril de 2024

Opinião

Uma Reflexão Sobre a Meritocracia no Serviço Público

Lendo a nota Questão de Mérito publicada na coluna Picantes, faço exercícios de reflexão e ponderação: "meritocracia"  é um sistema justo de hierarquização? (pois a ascensão profissional ou social não depende exclusivamente do esforço individual, mas também das oportunidades que cada indivíduo tem ao longo da vida.) 
 
Que método neste contexto, seria o mais eficaz de avaliação destes “méritos”? (pois o sistema recompensador é aplicado a valorização e premiam os profissionais que apresentam melhores produções, seja com aumentos de salário ou oferta de cargos superiores.)
 
A meritocracia nas empresas é uma forma de motivar os funcionários, que se dedicam em suas funções em busca de alcançar melhores oportunidades como consequências dos méritos apresentados.
 
As pessoas que nascem com melhores condições financeiras, com acesso às melhores instituições de ensino e contatos profissionais exclusivos, têm maiores chances de conquistar uma posição privilegiada em relação àquelas que não tiveram esta mesma “sorte”.(obviamente, não se deve generalizar).
 
A principal crítica está no fato de não ser este esforço o único fator que define o sucesso ou o fracasso, mas uma parte que engloba conceitos mais complexos que estão presentes nas sociedades. Sendo assim esse conceito é igualitário?
 
Essa é a ideia de incentivar o profissional? (baseando-se no individualismo que faz com que cresça a desigualdade social da classe).
 
Na prática, a meritocracia é impraticável no seu sentido puro. É uma justiça aleatória?
 
Enfermagem é ciência. Somos profissionais, força de trabalho qualificada, formadores de opinião numa sociedade que ainda caminha a passos lentos para atingir outro patamar educacional. Mas, o que fazemos com toda essa propriedade intelectual que possuímos?
 
Acho que todos gostariam de poder trabalhar em apenas um emprego, ser bem remunerado pelo trabalho que executa, sem ser assediado a todo o momento pelos empregadores em busca de resultados fantásticos em condições de trabalho precárias.
Não podemos ficar a todo tempo pensando como faremos para conseguir um segundo ou terceiro vínculo trabalhista para dar conta das nossas expectativas financeiras e de vida. Não é reduzindo jornadas de trabalho (para eventualmente poder trabalhar em mais de um lugar) que conseguiremos melhora a profissão – até porque, pode ser reduzido a carga horária, mas qual o valor da hora de trabalho do enfermeiro?
 
Se o trabalho em saúde virou mercadoria (Karl Marx), precisamos que seja precificado da melhor forma possível e de acordo com as capacidades profissionais, dando o aporte de preço à força de trabalho do enfermeiro!
 
Fonte: contribuições retiradas do Wikipédia e da dissertação de mestrado de Tatiane Araujo dos Santos, pela Universidade Federal da Bahia com o título “O valor da força de trabalho da enfermeira”, 2012) e Infoescola-navegando e aprendendo.

 
Carla Aragão Reis Macedo é enfermeira 
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