O secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, que integra o Conselho de Administração da Nova Rota do Oeste, afirmou que a duplicação completa do trecho sob concessão da BR-163, entre Cuiabá e Sinop, deverá estar concluída em até 8 anos. As obras estão previstas para começar a partir do mês de julho. Nesta sexta-feira (5), durante assinatura de cinco ordens de serviço para recuperação imediata de alguns trechos da rodovia, Gallo destacou a reconstrução financeira do Governo do Estado, que vem desde 2019 e que permitiu chegar a essa solução.
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“Começamos essa empreitada formalmente em março de 2022. Porém, como tem um investimento público muito robusto sendo colocado, se em março de 2022 nós não estivéssemos com as contas ajustadas, o que aconteceu hoje não seria possível. Esse novo Mato Grosso, esse Governo que investe 20% da sua receita corrente liquida, começou lá em 2019 com as primeiras medidas que sanearam as contas públicas e que permitiram que hoje pudéssemos dar essa solução histórica, inédita e disruptiva”, frisou o secretário.
Gallo, conforme adiantou
Olhar Direto, terá uma espécie de “mão fiscal” dentro do conselho da Nova Rota. “O Conselho vai deliberar sobre os principais assuntos da companhia: aprova orçamento, fiscaliza, acompanha, monitora e também aprova algumas matérias que a diretoria não tem alçada, como por exemplo as aquisições superiores a R$ 8 milhões. Mas, de um modo geral, é um monitoramento de tudo que será feito. A principal obrigação é duplicar em oito anos o trecho Cuiabá x Sinop”, esclareceu.
Segundo o titular da Fazenda do Estado, atualmente a companhia já dispõe em caixa da quantia de R$ 520 milhões, que serão empregados nas obras do primeiro trecho a ser duplicado, entre os municípios de Diamantino (Posto Gil) e Nova Mutum.
Ainda de acordo com Gallo, o investimento total previsto neste empreendimento será de R$ 7,5 bilhões. “Nós já colocamos R$ 450 milhões para comprar a divida e mais R$ 520 milhões já estão no caixa da companhia. Os outros R$ 500 milhões serão colocados de acordo com o avanço das obras. Possivelmente no ano que vem já estaremos preparados para fazer esse aporte, totalizando R$ 1,6 bilhão. O investimento total será de R$ 7,5 bilhões. R$ 3,3 bilhões virão da cobrança dos pedágios e o remanescente nós devemos buscar no mercado financeiro, possivelmente com o BNDES, ou em operações de longo prazo. Mas cerca de 70% de todas as obras serão executadas com a tarifa e recursos do Estado”.
Planejamento das obras
Embora a duplicação propriamente dita só deva começar em julho, a Nova Rota do Oeste já deu inicio a obras de reparos emergências na BR-163. As ordens de serviço assinadas nesta sexta-feira correspondem a 5 trechos da rodovia: o primeiro na Rodovia dos Imigrantes, em Cuiabá e Várzea Grande; o segundo entre Várzea Grande e Jangada; o terceiro entre Jangada e Rosário Oeste; o quarto entre Nova Mutum e Lucas do Rio Verde; e o último entre Lucas do Rio Verde e Sinop.
“Já temos máquinas na pista. A ordem de serviço aqui foi assinada de modo simbólico. A duplicação propriamente dita deve começar em julho, no trecho do Posto Gil a Nova Mutum. O prazo é até 24 meses. A escolha para começar por esse trecho foi o índice de acidentalidade. As decisões nesse sentido, em relação a quais obras fazer, são técnicas e respaldadas pela ANTT. Todas as obras vão ser feitas em sequência, de acordo com sua emergência, em função dos acidentes”, explicou Rogério Gallo.
Fora do objeto da concessão, o chamado Contorno Norte ou Rodoanel de Cuiabá, assim como o trecho entre a Capital e o município de Rondonópolis, também deverão receber obras.
“Contorno Norte ainda está na Secretaria de Infraestrutura, não temos o detalhamento, mas certamente a concessão também vai agregar esse trecho, porque o pedágio não pode ter escape. Vamos dialogar mais sobre isso e verificar a melhor solução. Cuiabá x Rondonópolis ainda está com o DNIT. Pelo TAC que começou a valer hoje, nós temos a obrigação de apresentar um projeto para a recuperação emergencial e imediata desse trecho. Nós já fizemos isso, agora cabe à ANTT e o DNIT aprovarem. Aí sim iniciaremos as obras. É um trecho que está bastante degradado”, pontuou o secretário.
