O Diário Oficial Eletrônico da Câmara dos Deputados publicou nesta quinta-feira (16) a vacância da vaga de deputado federal que estava sendo ocupada por Amália Barros (PL), que morreu no fim de semana passado após complicações em uma cirurgia no pâncreas. Com isso, o primeiro suplente do Partido Liberal, Nelson Barbudo, foi convocado para assumir a cadeira. 

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A assinatura do decreto foi feita pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). “Convoque-se o primeiro suplente do Partido Liberal (PL), do estado de Mato Grosso (...) a ser efetivado como titular do mandato de Deputado Federal”, diz o ato da presidência. 

Assim como já foi noticiado por Olhar Direto, antes de ser empossado, o futuro deputado federal Nelson Barbudo não falará com a imprensa. Por isso ele continua fora de área e sem contato com jornalistas. "A pedido da presidência da Executiva do PL em Mato Grosso o Barbudo segue recluso", comentou Ananias Filho. 

Quem é Barbudo

Nelson Ned Previdente, conhecido em Mato Grosso como Nelson Barbudo é o primeiro suplente do PL. Ele teve pouco mais de 53 mil votos nas eleições de 2022 e com a morte de Amália Barros deverá assumir a cadeira deixada por ela no Congresso Nacional. 

A data da posse ainda não foi marcada, mas como o estado de Mato Grosso não pode ficar sem deputado por muito tempo, logo a vacância será decretada e ele poderá assumir de forma definitiva.  Barbudo foi deputado por Mato Grosso de 2019 a 2023 e antes disso já havia sido vereador pela cidade em que reside, Alto Taquari. 

Oriundo do setor agropecuário, sua passagem pela Câmara dos Deputados foi marcada pela atuação em comissões ligadas ao agronegócio e ao meio ambiente.

Em 2021, entregou um relatório favorável a um polêmico projeto de lei que propunha a legalização da caça esportiva no Brasil. Segundo o texto, um dos objetivos era auxiliar “no controle populacional de espécies”.

Bolsonarista declarado, Barbudo deve continuar defendendo as pautas de Direita e ser mais um deputado na oposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

A morte

Internada desde o dia 1º de maio no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, a deputada Amália Barros (PL), morreu na noite de sábado (11) para domingo (12), após sofrer uma parada cardiovascular, durante intervenção cirúrgica de risco com equipe medica dos Estados Unidos (EUA) para tentar liberar o fluxo sanguíneo para o fígado.

Amália sofreu disfunção hepática grave, disfunção renal em diálise e alteração na coagulação sanguínea com tendência a sangramentos. A equipe médica que acompanhava Amália passou a avaliar a possibilidade de transplante de fígado, caso as complicações vasculares não fossem resolvidas.

Desde que foi internada, Amália precisou passar por uma série de intervenções cirúrgicas. A primeira foi necessária para a retirada de um nódulo no pâncreas. Na quinta-feira (09), ela passou por um procedimento adicional de radiointervenção - especialidade médica, antiga subespecialidade da Radiologia, que se utiliza de procedimentos minimamente invasivos guiados pelos diferentes métodos de imagem para diagnosticar e tratar doenças em praticamente todos os órgãos do corpo humano.