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‘Queda de braço’ na AL discute direito de pesca profissional no rio Manso; Russi e Santos em lados opostos

14 Ago 2021 - 11:13

Da Redação - Isabela Mercuri / Do Local - Max Aguiar

Foto: Reprodução

‘Queda de braço’ na AL discute direito de pesca profissional no rio Manso; Russi e Santos em lados opostos
Mais de 150 pescadores compareceram à sessão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) nesta quarta-feira (11) para se manifestarem contra uma leio de autoria do deputado estadual Max Russi (PSB), presidente da Casa de Leis, que proíbe a pesca profissional no rio Manso. Após a sessão, Russi, os pescadores e o deputado Wilson Santos (PSDB) se reuniram no auditório Milton Figueiredo para discutir a questão. Russi, no entanto, afirmou que a reunião não fez com que ele mudasse a lei, enquanto Santos garantiu que apresentará um novo projeto para anular o que já foi aprovado.


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“A reunião foi para escutar, a gente captou algumas sugestões, algumas opiniões e com isso a gente tem condição de trabalhar algumas políticas públicas para fortalecer o ribeirinho, o pescador e também aquele que gosta da pesca esportiva encontrar o peixe no rio”, afirmou Russi após o encontro. Segundo o presidente, a área de proibição em seu projeto é de 52 quilômetros, sendo da usina hidrelétrica do Manso até a divisa do rio Cuiabazinho.

Wilson Santos, por sua vez, fala em 80 quilômetros. Ele afirma também que o projeto original foi totalmente modificado e que foi aprovado no ‘afogadilho’, prejudicando os ribeirinhos. “O projeto de autoria do presidente Max teve muitas idas e vindas e foi mudado radicalmente desde o primeiro projeto. O substitutivo o transformou. O que ele propunha? Três quilômetros abaixo da barragem de manso, ficaria todo tipo de pesca proibido, exceto a pesca científica”, explicou o deputado.

Segundo o peessedebista, os parlamentares e cientistas consultados concordaram com o projeto. No entanto, ele foi totalmente modificado e passou a abarcar 80 quilômetros de extensão para proibição de pesca profissional, artesanal e difusa, e ‘passou’ sem que os parlamentares percebessem. “Admito que fui pego de surpresa na CCJ, porque a gene vota 30, 40, 50 projetos numa sessão, e você as vezes limita-se a ler o cabeçalho. Daqui para a frente vamos tomar mais cuidado”, confessou.

Agora, Santos quer apresentar um novo projeto para anular a lei que já foi aprovada. Isso após uma ‘provocação’, em que Russi teria dito que, se Wilson levasse 20 pescadores que dependem do rio Manso para o plenário, ele mudaria a lei.

“Não fiz nenhuma provocação ao presidente, mas em resposta à provocação que ele fez, nós trouxemos quase 150 representantes de famílias, mas nesse trecho de mais de 80km da barragem de Manso até o Cuiabazinho, temos cerca de 350 famílias que vivem exclusivamente da pesca”, afirmou.

Wilson Santos acredita que tenha o apoio de 13 a 20 parlamentares para aprovar seu novo projeto de lei que, na prática, iria anular o projeto de Russi.
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