O deputado federal Emanuelzinho (MDB), vice-líder do governo Lula (PT) na Câmara dos Deputados, anunciou o repasse de R$ 71 milhões via Ministério da Saúde para Mato Grosso. O recurso foi viabilizado uma semana após o deputado federal licenciado Fábio Garcia (UNIÃO) informar que o governo federal iria destinar R$ 41 milhões para a Intervenção da capital, após pedido da ala oposicionista da bancada federal mato-grossense.

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“Nós conseguimos, numa articulação aqui do time do presidente Lula, na minha posição de vice-líder, do ministro Fávaro que atuou fortemente para que isso acontecesse, da ex-deputada Rosa Neide, que hoje lidera a Conab, e do deputado Barranco, garantimos R$ 71 milhões para a saúde do estado. São R$ 41 milhões para o Governo do Estado, para custeio de média e alta complexidade, e R$ 30 milhões para Cuiabá. Isso mostra que não é a picuinha que vai prevalecer dentro desse grupo. O que a gente quer é o melhor para Cuiabá e para Mato Grosso. E isso se faz de forma tripartite: governo federal, estadual e município. Não é com picuinha e briga política que a gente vai resolver as coisas”, alfinetou Emanuelzinho ao fazer o anúncio.

Na semana passada, Garcia – que hoje está na chefia da Casa Civil do Estado – informou que o Ministério da Saúde havia confirmado o repasse de R$ 41 milhões para a Saúde de Cuiabá. Segundo ele, o recurso atendia a um pleito feito por membros da bancada federal e a interventora Danielle Carmona, em reunião ocorrida em abril. Na ocasião, estiveram presentes no encontro com a ministra Nisia Trindade, além de Fabinho e Carmona, os deputados federais Abilio Júnior, Coronel Fernanda e Amalia Barros, todos do PL.

Em comunicado enviado à imprensa, Carmona afirmou que os R$ 41 milhões serão empregados em ações que constam no Plano Fortalecimento da Rede Assistencial de Saúde de Cuiabá de 2023, que foi entregue à ministra Nísia.

Questionado se os recursos mencionados por Garcia e pela Intervenção fazem parte dos R$ 71 milhões anunciados por ele, Emanuelzinho disse que não sabia responder, embora o valor destinado diretamente para o Estado seja exatamente o mesmo - R$ 41 milhões. O parlamentar, todavia, ponderou que a verba não vem carimbada e, portanto, o Executivo poderá manipulá-la da maneira como achar mais conveniente.