Os vereadores de oposição querem alterar o Regimento Interno da Câmara com objetivo de diminuir a “interrupções” do líder do prefeito durante as sessões ordinárias. Nesta terça-feira (14), os parlamentares ficaram irritados com os pedidos de “questão de ordem” do líder de Emanuel Pinheiro (MDB), vereador Renivaldo Nascimento (PSDB), toda vez que a oposição criticava a gestão.

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O regimento garante ao líder o tempo de até cinco minutos para fazer comunicação urgente ou responder a críticas dirigidas contra a "política que defende". No entanto, a oposição destaca que a normativa não traz quantas vezes isso pode acontecer e reclamam que as intervenções têm atrapalhado a sessão.

“Quando fala: ‘o prefeito, a sua sobrancelha uma encontrando a outra’, negativo, não encontra. ‘Olha, o cabelo do prefeito ficou branco’, vem a liderança falando: “negativo, está pintadinho de preto”. Nós precisamos colocar ordem para saber quando a liderança pode e quantas vezes, porque o expediente tem sido banalizado, a qualquer momento quando há insatisfação, ou até mesmo usando a palavra que vossa liderança do prefeito sempre usa a ‘pessoalidade na defesa’, tudo que a gestão faz está correto e tudo que os outros veem está incorreto?”, questionou Demilson Nogueira (PP).

O presidente da sessão, vereador Sargento Vidal (MDB), recomendou que o tema fosse discutido durante o Colégio de Líderes e não no plenário. No entanto, outras críticas começaram a ser feitas.

Dilemário Alencar (União) comentou que se for concedido cinco minutos a cada fala que a oposição fizer, o líder vai ocupar mais que a metade do tempo da sessão só falando em defesa do prefeito.

“Quero colocar claro essa questão de ordem minha tem precedência e se precisar vamos sugerir mudanças no regimento interno, ele não pode falar toda a vez cinco minutos se não vamos ter que deixá-lo falar sozinho”, pontuou.

Em defesa, Renivaldo ressaltou seu direito e lamentou os ataques pessoais que o prefeito tem sofrido no Legislativo.

“Os ataques que acontecem ao prefeito municipal nesta Casa é pessoal, aos ataques infundados, as mentiras que essa oposição coloca é necessário que se explique só isso. A oposição deixar de tumultuar que eu falaria menos”, disse.

Durante sua fala, ele foi interrompido por Eduardo Magalhães (Republicanos) e Fellipe Corrêa (PL) que responderam que a oposição não é mentirosa e que quem tem “questão pessoal” com Emanuel é o líder e não o grupo.