O autor do disparo acidental que matou Janaina Silva Barrozo, 27 anos, em uma festa de aniversário, no domingo (3), na região de Chácaras do Sucuri, em Cuiabá, ingeriu três latinhas de cerveja e ainda deu um disparo pra cima antes de ir embora. Ele chegou a ser reprimido pela namorada por conta do feito. Depois disso, ao manusear a pistola para tentar tirar o carregador, a arma disparou e atingiu a mulher.

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O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoas (DHPP), sob o comando do delegado Mário Santiago Júnior. O que chamou atenção é que incialmente a morte de Janaina estava sendo apontado como proveniente de bala perdida. Fato que foi sustentado até pelo marido da vítima.

Entretanto, as investigações avançaram em três dias e o autor do disparo se apresentou à delegacia e contou a verdadeira forma que ocorreu a situação toda. Acompanhado dos advogados Paulo Fabrinny e Jaime Peterlini, o empresário que ainda não identificado, disse que foram ao local participar de um "niver fest". 

"Lá, eles pagaram entrada e foram para o evento. Porém, a cerveja estava quente e por isso eles resolveram ir embora. O meu cliente disse que não tomaram quase nada. Apenas três latinhas. Depois foram para o carro. As mulheres ficaram na frente e os homens no banco de trás. Com isso, ele puxou a pistola da cintura e deu um tiro pra cima. De imediato ele foi recriminado pela namorada, que pediu que ele guardasse a arma, mas antes tirasse as balas. Ao manuear a arma para tirar o carregador, a pistola calibre 635 disparou. O tiro pegou nas costas de Janaina e a bala parou no coração", disse o advogado. 

Após o acontecido, a namorada do autor do tiro tentou socorrer Janaina e o marido dela pegou o volante, para seguir com o carro até ao Hospital Municipal de Cuiabá. Chegando lá, o atirador ficou com medo que algo lhe acontecesse e foi embora. 

Mais tarde ele voltou ao HMC e soube que o amigo, marido de Janaina, teria contado aos policiais que a mulher foi vítima de bala perdida na festa. O atirador, conforme o advogado Fabrini, ao sair da festa, totalmente desesperado, jogou a arma no mato a pedido da namorada. "A mulher tava com medo da arma disparar de novo", disse o jurista ao Olhar Direto. 

Passado o acontecido, o responsável pelo disparo procurou seu advogado e se apresentaram ao chefe de polícia, contando o verdadeiro motivo da situação e como aconteceu. Deixando claro que não foi bala perdida, mas sim disparo acidental. 

Fabrinny ressaltou que por enquanto aguarda conclusão do inquérito e manifestação do Ministério Público para poder fazer a defesa formal. O advogado ainda comentou que seu cliente deve ser autuado por porte ilegal de arma e homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e por isso não deve ser preso. 

Janaina, de 27 anos, morreu antes de dar entrada no hospital. Ela deixou uma filha de três anos. O delegado do caso, Mario Santiago, chamou a imprensa, nesta quinta-feira (7) para dar mais explicações sobre o acontecido.