A jovem transexual Mayla Rafaela Martins, de 22 anos, que foi assassinada na terça-feira (16), em Lucas do Rio Verde (332 km de Cuiabá), supostamente pelo empresário Jorlan Cristiano Ferreira, de 45 anos, chegou a enviar uma foto do veículo do suspeito para uma amiga, durante o encontro com o homem. As mensagens trocadas com a testemunha foram essenciais para a Polícia Civil localizar o carro VW Polo, de cor preta, utilizado por Jorlan.
Leia mais
Empresário alega que matou mulher após desacordo financeiro por 'roubo anterior'; veja trecho de depoimento
De acordo com o depoimento da testemunha, com nome social Maria, ela e a vítima haviam combinado que, caso Mayla saísse para algum "programa", deveria enviar uma fotografia da placa do veículo do cliente, por segurança, pois a jovem estava um pouco alterada, após ingerir bebidas alcóolicas na noite de segunda-feira (15).
Mayla conversou por meio de mensagens no aplicativo Whatsapp com a amiga e enviou a fotografia da placa do veículo VW Polo. Em seguida, a vítima ainda enviou por escrito a mesma placa, talvez temendo que a imagem não pudesse ser compreendida por Maria.
Depois, a vítima parou de responder a amiga, sendo que a última visualização no aplicativo foi às 03h08. Na manhã seguinte, Maria tentou ligar várias vezes, mas a vítima não atendeu. Somente por volta das 13h da terça-feira a testemunha descobriu que Mayla estava morta, por meio de uma reportagem televisiva.
Maria estava na residência onde Mayla mora quando os policiais civis foram até o local para entrevistar possíveis testemunhas. Ela entregou os prints da conversa para a equipe, possibilitando a busca pelo veículo da esposa de Jorlan, que estava em um lava-jato da cidade.
.jpg)
Entenda o caso
Mayla foi assassinada na terça-feira (16). Ela foi morta com duas facadas no rosto e tórax na cidade de Lucas do Rio Verde (334 km de Cuiabá).
Segundo as informações da Polícia Civil, Jorlan enrolou o corpo da vítima em uma lona usada para cobrir uma piscina.
Depois, o empresário colocou o corpo da vítima no porta-malas de um carro. Ela foi levada até a estrada Morocó, onde foi desovada.
Empresário do ramo alimentício, Jorlan foi detido no bairro Bandeirantes. Os policiais chegaram ao suspeito, depois de descobrirem que o homem utilizou um veículo VW Polo, da sua esposa, para supostamente desovar o corpo da mulher.
Jorlan admitiu, de forma informal, que a faca e a lona da piscina - utilizada para desovar o corpo de Mayla, eram dele. Contudo, em depoimento, permaneceu calado.
.jpg "Jovem enviou para amiga foto da placa de veículo que foi usado em seu assassinato; veja print")
