Confirmada nesta segunda-feira (3) a indicação de Fábio Garcia para o comando da Casa Civil de Mato Grosso, a notícia já não era surpresa para quem circula nos bastidores da política há algum tempo, mas ainda assim deve servir para aumentar a temperatura dentro do União Brasil. Apesar da tentativa de colocar panos quentes sobre a decisão do governador Mauro Mendes, o deputado Eduardo Botelho destacou, ao comentar o assunto, que sua pré-candidatura para prefeito de Cuiabá segue “cada dia mais firme”.

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Botelho conversou com jornalistas logo após o anúncio do Governo de Mato Grosso, no final da manhã, e brincou que ainda estava absorvendo a notícia.

Em meados de abril, Olhar Direto adiantou em primeira mão as tratativas para que Fábio Garcia assumisse o cargo na Casa Civil. O arranjo era tratado como uma forma de favorecer o deputado federal na disputa interna com Botelho para ser escolhido candidato do União Brasil para a Prefeitura de Cuiabá. No Estado, o parlamentar terá maior articulação com deputados, além de estar presente em ações lançadas no Município.

Na época – em meio às ameaças de debandada do grupo de Botelho do União Brasil –, Mauro Mendes tratou o assunto como “fofoca”. O próprio Fábio Garcia, quando questionado, disse que não pretendia deixar o Congresso diante da eminência de votação da Reforma Tributária.

Para Botelho, a decisão de Mauro Mendes “é do jogo” político. “Cargo de secretário é do governador. A Casa Civil é só uma das secretarias que ele indica. É o trâmite: se sai o Mauro Carvalho, tem que entrar alguém da confiança dele. Para mim não altera em nada. Terei o mesmo encaminhamento junto ao Governo. Nossa relação continua a mesma”, minimizou.

“Cada um está no seu quadrado. Eu estou buscando apoio primeiro de Deus, depois é do povo. E cada um faz a sua forma. Ele [Fábio Garcia] faz da dele, eu faço da minha e vida que segue. Quem vai decidir lá na frente, o juiz de fato, é o povo. A política é assim, funciona dessa forma. Cada um usa o que tem, o espaço que tem, é do jogo. Não adianta chorar. E eu não estou chorando nem reclamando de nada disso. A minha [pré-candidatura] continua firme, cada dia mais firme”, pontuou o presidente da Casa de Leis.