O delegado Marcel Oliveira, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), pontuou que o empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra costumava monitorar as redes sociais da ex-namorada Thays Machado, de 44 anos. O filho do deputado federal Carlos Bezerra (MDB) verificava quem curtia as fotos dela e fazia anotações para saber se eram próximos. Thays foi morta pelo ex no começo de janeiro.
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Carlinhos, como é conhecido, tinha um caderno onde anotava as informações sobre a rotina de Thays e os números das pessoas com quem a ex-companheira tinha contato. No caderno, também era descrito quem costumava curtir as fotos da mulher nos aplicativos como Facebook e Instagram.
Após verificar os nomes, Carlos entrava no perfil da pessoa para saber o nível de proximidade entre eles. Em seguida, ele escrevia os nomes no caderno e destacava as identificações.
"Os que eram homens ele entrava em menores detalhes. Começava a explicar a situação que ele tinha constatado daquela pessoa. Outra coisa que a gente detectou também é o monitoramento da vítima através das redes sociais. Isso também está provado e está juntado aos autos. Ele, em várias folhas de papel, anotava as pessoas que curtiam a foto da vítima na rede social, tanto Instagram, quanto no Facebook. Aí ele falava, 'fulano de tal curtiu foto dela'. E depois que ele via quem foi que curtiu a foto, ele procurava entrar no perfil de cada uma das pessoas para saber quem era essa pessoa. Então, tudo isso está anotado", afirmou o delegado.
Entenda o caso
Casal foi assassinado no dia 18 de janeiro deste ano, em Cuiabá. Thays foi atingida com dois tiros nas costas e um na altura do quadril. Willian Moreno foi atingido no braço esquerdo e no peito.
Willian ainda tentou fugir do atirador, mas caiu na calçada, a poucos metros de Thays, onde faleceu.
Conforme os primeiros levantamentos realizados pela equipe da DHPP, Thays e Willian estavam em um relacionamento, mas a mulher vinha sofrendo ameaças do ex-companheiro e suspeito do crime.
Após cometer o crime, o suspeito fugiu do local e a DHPP iniciou as diligências, acionando unidades da Capital e do interior a fim de localizá-lo.
A equipe do Núcleo de Inteligência da DHPP apurou que o autor dos homicídios estava escondido em uma fazenda, na região de Campo Verde, local em que foi preso.
