Com objetivo de fomentar a cadeia produtiva da piscicultura no Estado de Mato Grosso, aconteceu nos dias 17 e 18 de abril, no auditório do Sindicato Rural de Nova Mutum (264 km ao Norte de Cuiabá), o curso de capacitação de 40 técnicos com experiência em assistência técnica e extensão rural. O evento foi realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e parceiros públicos e privados para discutir a transferência de tecnologia e temas referentes à implantação da atividade com o foco voltado para o solo e qualidade da água.
O presidente da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e engenheiro de pesca, Enock Alves dos Santos, fala que a finalidade é capacitar técnicos na implementação de tecnologias voltadas para a consolidação da piscicultura. Ele destaca que Mato Grosso é considerado o quinto maior produtor de peixe de água doce do Brasil e a piscicultura é uma das sete cadeias mais importantes do Estado. “A proposta da Empaer é que mais técnicos saibam como trabalhar e fomentar a atividade em seus municípios, visando à criação de renda para mais famílias”, explica Enock.
Durante a capacitação, pesquisadores da Embrapa Agrossilvipastoril, ministraram palestras, abordando temas sobre os tipos de solos adequados para a atividade e encontrados no Estado, qualidade da água e construção de viveiros. Na parte prática, visitaram uma empresa de piscicultura que trabalha com a criação de 20 milhões de alevinos por ano e comercializa 20 mil quilos de peixes por ano.
Fomento da cadeia
Em 2008, técnicos da Empaer de Nova Mutum e Lucas do Rio Verde concluíram o relatório de levantamento da viabilidade de implantação da piscicultura no Assentamento Pontal do Marape (localizado a 150 km do município). Desde 2009, mais de 40 projetos de tanques escavados e de rede, com total de 130 metros quadrados, foram abertos pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), MT Regional, em parceria com a Prefeitura de Nova Mutum.
Conforme dados da Associação de Pescadores e Piscicultores da região, cerca de 20 pessoas trabalham com a atividade no assentamento, com uma produção anual de 120 mil quilos de pescado. As espécies mais cultivadas são tambaqui, matrinxã, pintado entre outras. A comercialização é feita no mercado interno e municípios vizinhos.
