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Segunda-feira, 17 de junho de 2024

Notícias | Cidades

“Operação Abadom

Desembargador concede habeas corpus à esposa de delegado foragido da Justiça

Desembargador concede habeas corpus à esposa de delegado foragido da Justiça
O desembargador Pedro Sakamoto concedeu habeas corpus à agente da Polícia Judiciária Civil, Glaucia Cristina Moura Alt, esposa do delegado João Bosco, atualmente com prisão preventiva decretada e foragido da justiça.


“Concedo a liminar vindicada em favor de Glaucia Cristina Moura Alt, assegurando-lhe o direito de responder aos termos do processo em liberdade, não olvidando a possibilidade de inflição de novo édito preventivo, desde que amparado na cláusula “rebus sic stantibus” e orientado em fatos, concretos, supervenientes. Outrossim, mantenho as medidas cautelares aplicadas, no sentido de manter suspenso o exercício da função pública, bem como, proibir a paciente de manter contato com qualquer testemunha arrolada no processo, seja pessoalmente, ou por qualquer meio eletrônico de comunicação, além, de proibição de ausentar-se da Comarca, sem autorização judicial”, decidiu

Decretada prisão de delegado João Bosco e mais cinco policiais
Delegado, investigadora e policiais são indiciados por tráfico de drogas e corrupção passiva

Ambos tiveram as prisões preventivas decretadas a pedido do Ministério Público Estadual, por meio do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), após operação denominada “Abadom”, deflagrada pelo Núcleo de Inteligência Policial da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes- DRE, onde foi constatada a existência de grupo de criminosos compostos por traficantes, servidores públicos estaduais, dentre eles Policiais Civis e presos, que juntos praticavam crimes de tráfico de entorpecentes, associação ao tráfico, corrupção ativa e passiva, como também extorsão mediante seqüestro.

Segundo relato dos Promotores que atuaram no caso, o delegado João Bosco Ribeiro de Barros juntamente com sua esposa Gláucia Cristina (Investigadora de Polícia), atuando em conjunto com o denunciado Anderson Nascimento Gonçalo, agiram mediante recebimento/promessa de vantagem indevida no intuito de darem proteção e cobertura à atividade criminosa desencadeada pelo traficante de drogas Marco Antônio da Silva, também conhecido como Neném.

Um dos motivos que levaram o MPE a fazer o pedido de prisão preventiva a todos que possuem cargos públicos e que foram citados nesta operação foi para mantê-los afastados, bem como por denúncias de ameaças aos envolvidos nas investigações.

Em sua decisão o desembargador fala sobre a ‘inversão’ de valores de uma delegada, no exercício da função, se sentir ameaçada por marginais. “O fato de uma delegada de polícia ter sido ameaçada, ou se sentir em risco, em razão do exercício legítimo de seu dever funcional, é sinal claro da inversão de valores que a criminalidade provoca. Além disso, retrata o destemor das pessoas envolvidas, é claro indício de que tais cidadãos têm certeza da impunidade e acreditam que a prevalência da força e da intimidação lhes garantirá que saiam ilesos, sem pagar pelos seus erros. Assim, é óbvio que a decretação da prisão preventiva desses acusados irá evitar que outros cidadãos sofram o mesmo tipo de assédio, deixem de depor ou em seus depoimentos acabem omitindo fatos, exatamente por temerem por suas integridades físicas. Ao que se vê o único fato foto que poderia ensejar a decretação da prisão cautelar da paciente, seria esta ameaça perpetrada, em tese, pelo rapaz chamado Mauro”, relata.

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