A advogada Lucy Rosa da Silva, de Cáceres, presa durante a Operação Volver, deflagrada pela Polícia Federal, foi novamente libertada hoje, 21, por força de um habeas corpus. Lucy teve prisão preventiva decretada por duas vezes, sendo a primeira em 10 de julho, suspeita de prestar assistência ao tráfico de drogas na região.

O advogado de Lucy Rosa, Everaldo B. Filgueira Júnior, em entrevista ao Olhar Direto, afirmou que houve desrespeito no decreto da prisão de sua cliente. “Não houve fatos novos para justificar a nova prisão. O que está acontecendo é uma perseguição infundada. Minhas clientes não têm qualquer ligação com o crime”, defende o advogado, referindo-se, igualmente, à sua outra cliente envolvida no caso, Kattleen Karitas Oliveira Barbosa, que teve prisão preventiva decretada e foi solta no dia 12.

A alegação para o decreto da última prisão preventiva foram as ligações telefônicas de Lucy após sua soltura. A polícia continuou interceptando as ligações, que foram interpretadas como aliciamento e intimidação de testemunhas.

O desembargador Teomar de Oliveira Correia, concedeu o novo habeas corpus a Lucy Rosa justificando que a necessidade da prisão preventiva dá-se quando estão presentes as provas da existência do crime e indícios suficientes de autoria, o que ele considera como inexistente no caso da advogada.