A avó paterna do adolescente Kauã de Oliveira Matos, 15 anos, encontrado morto em uma cascalheira desativada, no bairro Jardim Botânico, cidade de Sorriso (a 420 km de Cuiabá), nesta quarta-feira (20), reconheceu o corpo do neto, que estava enterrado em uma cova rasa.
No local, a idosa chorou bastante e falou que preferia morrer no lugar dele.
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“Está aí a resposta de quando eu falava. Eu falo para quem quiser ouvir, ninguém vai calar minha boca. Pois quem está ali é uma pessoa que eu amo mais que a minha vida”, disse ao apontar para a cova rasa que o neto estava enterrado.
“Podia pegar eu no lugar dele, matar e deixar ele. Podia sim, eu preferia. Era só uma criança, era só uma criança fingindo de gente grande. Achava que só porque tinha 1,80 metro [de altura] ele era o bicho da goiaba”, acrescentou.
O repórter do site
JK Notícias fazia cobertura no local e realizava uma transmissão ao vivo quando presenciou as falas da avó de Kauã. Ela se direcionou ao repórter e desabafou. “JK, a avó ajudou trabalhando de empregada doméstica desde quando ele nasceu. Eu sou mãe do pai dele e sempre fui criticada quando corrigia porque o pai e a mãe são separados. Ele sempre ficou com a mãe. Eu sempre peguei no pé, sempre, sempre! Mas eu era a pessoa que pra mim todo mundo não prestava. Era amigo do filho dela. E agora cadê os amigos do filho dela? Cadê? Aonde estão esses amigos?”, questionou. Logo depois, a idosa recebeu um abraço de uma pessoa que estava no local.
De acordo com boletim de ocorrência, a mãe de Kauã havia denunciado que o filho estava desaparecido após um suposto sequestro na terça-feira (19). As informações do relato são de que três homens teriam abordado o menino por volta das 19h30, no bairro Primavera, em um veículo HB20.
A Polícia Militar estava em diligências em locais ermo para tentar localizar o adolescente e encontrou o corpo de Kauã no terreno da cascalheira desativada, com marcas de perfurações de arma de fogo na região da cabeça e tórax. Na cena de crime, a polícia também encontrou diversas cápsulas de três calibres (.40, 380 e 9 milímetros).
Kauã teria envolvimento com uma tentativa de homicídio e amizade com dois irmãos que seriam membros de facção criminosa.
O caso é investigado pela Polícia Civil.
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