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será exonerado

Alvo de operação é motorista de secretário da prefeitura e atuava como "laranja" de WT

14 Mai 2024 - 12:20

Da Redação - Gustavo Castro e Luís Vinicius

Foto: Reprodução

Alvo de operação é motorista de secretário da prefeitura e atuava como
O servidor municipal Jeferson da Silva Sancoviche, de 30 anos, foi preso na manhã desta terça-feira (14), dentro da Secretaria de Obras Públicas, no bairro Dom Aquino, na Capital. Ele é alvo da 2ª Fase da Operação Apito Final, em um desdobramento que apurou a participação de novos envolvidos no esquema de lavagem de capitais do tráfico de drogas liderado por Paulo Witer Faria Paelo, o 'WT'. 


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Jeferson é motorista do secretário-adjunto de Obras, Ralf Macedo, mas foi alvo da polícia por atuar como "laranja" de WT.  A prefeitura já anunciou que vai exonerá-lo. Além dele, uma mulher também foi detida.

Segundo apurado pela reportagem, após a prisão dele, os agentes o levaram para casa, no bairro Residencial Wantuil de Freitas, para realização de busca e apreensão. Na residência, nada de ilícito foi encontrado, mas os policiais recolheram o aparelho celular. Já o suspeito foi encaminhado para a sede da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

São cumpridos dois mandados de prisão e um de busca e apreensão, deferidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá, contra investigados identificados como ‘testas de ferro’ de Paulo Witer. A GCCO apurou que o hJeferson e uma mulher, moradora do Jardim Florianópolis, constavam como proprietários e de um apartamento em um edifício de alto padrão na capital, contudo, quem passou a residir no imóvel foi Witer, logo após sair da Penitenciária Central do Estado, em dezembro passado, quando teve a progressão para o regime semiaberto autorizada pela justiça.

A GCCO apurou ainda que o servidor público não teria condições financeiras de adquirir um imóvel como o que constava em seu nome. Ele é contratado da empresa pública de limpeza urbana da capital e tem um salário bruto mensal de R$ 3.643,12.

Durante o cumprimento dos mandados, a equipe policial apreendeu na residência de um dos investigados um veículo Toyota Corolla que teve mandado de sequestro determinado na primeira fase da operação Apito Final.

Flagrado em apartamento

No dia em que Paulo Witer foi preso, 29 de março, durante uma partida de futebol amador em Maceió (AL), Jeferson foi ao apartamento e saiu do imóvel carregando uma sacola com vários objetos, entre eles a tornozeleira eletrônica, que foi deixada desativada em seu apartamento, minutos após a prisão de WT.
 
Conforme imagens já divulgadas pelo Olhar Direto, é possível ver o momento em que o servidor entra no elevador com um saco preto. Aparentando tranquilidade, mesmo com o comparsa preso, ele deixa o edifício carregando o objeto. A Polícia Civil não informou para qual local ele se deslocou na sequência.

Operação Apito Final
 
Em uma investigação que durou quase 2 anos, a GCCO apurou centenas de informações e análises financeiras que possibilitaram comprovar o esquema liderado por Paulo Witer para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas. Para isso, ele usou comparsas e familiares como testas de ferro na aquisição de bens móveis e imóveis para movimentar o capital ilícito e dar aparência legal às ações criminosas.
 
A operação foi deflagrada no dia 02 de abril, com a finalidade de descapitalizar a organização criminosa e cumprir 54 ordens judiciais, que resultaram na prisão de 20 alvos, entre eles o líder do grupo, identificado como tesoureiro da facção, além de responsável pelo tráfico de entorpecentes na região do Jardim Florianópolis. No bairro, Witer montou uma base para difundir e promover a facção criminosa agindo também com assistencialismo por meio da doação de cestas básicas e eventos esportivos.
 
A investigação da GCCO apurou que o esquema movimentou R$ 65 milhões na aquisição de imóveis e veículos. As transações incluíram ainda criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo, estratégias utilizadas pelo grupo para a lavagem de capitais e dissimulação do capital ilícito.

Outro lado

Por meio de nota, a Prefeitura de Cuiabá disse que após tomar conhecimento da prisão do servidor, providenciará a exoneração imediata de Jeferson. Conforme o órgão, o servidor foi aprovado em um processo seletivo e tomou posse do cargo há quatro anos. 

Durante o período em que esteve empregado, segundo a Prefeitura, ele nunca apresentou condutas consideradas criminosas. Atualmente, ele estava cedido para a Secretaria Municipal de Obras. 

Veja a nota na íntegra

Quanto ao mandado judicial de prisão emitido pela Polícia Civil contra um servidor público municipal, a Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (LIMPURB) esclarece que procederá com a exoneração imediata do colaborador em questão. O servidor foi aprovado em um processo seletivo e tomou posse do cargo há quatro anos. 

Durante o processo de contratação, apresentou toda a documentação e certidões que comprovaram a ausência de registros criminais. Além disso, ao longo do período em que exerceu suas funções no cargo público, nunca apresentou condutas consideradas criminosas. O funcionário estava atualmente cedido para a Secretaria Municipal de Obras. 

Por fim, ressaltamos a importância da transparência e do comprometimento em manter a integridade em todas as ações.
 
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