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Sábado, 08 de junho de 2024

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"El Loco" muda futebol chileno e espreita o Brasil nas eliminatórias

Depois de pegar a Argentina do novato Maradona, a seleção brasileira encara em seu próximo desafio, na quarta-feira, em Salvador, o "senhor eliminatórias sul-americanas".

No comando do surpreendente Chile, que começou a 16ª rodada apenas um ponto atrás do Brasil, o também argentino Marcelo Bielsa confirma a fama de especialista nessa competição, sob suas atuais regras.

Com a disputa por pontos corridos em dois turnos, Bielsa soma 40 jogos por eliminatórias. Nenhum brasileiro ultrapassou a marca das 18 partidas. Nas eliminatórias para a Copa de 2002, ainda dirigindo a seleção de seu país natal, Bielsa somou 13 vitórias em 18 jogos.

No classificatório para 2006, também no comando da seleção da Argentina, ele disputava a liderança com o Brasil depois de oito rodadas, quando pediu demissão. A decisão de deixar o posto foi tomada duas semanas após a conquista do o ouro na Olimpíada de Atenas-2004. Mas é com o Chile que ele ultrapassa qualquer expectativa.

Os chilenos ficaram fora das últimas duas Copas, com campanhas medíocres nas eliminatórias. Agora, estão muito perto do Mundial da África do Sul.

O país também tem colhido bons resultados em jogos amistosos contra seleções europeias. Vem, por exemplo, de uma vitória, como visitante, contra a Dinamarca.

O Chile é hoje o 21º no ranking da Fifa, sua melhor colocação em oito anos. Em 2004, chegou a figurar no 79º posto. Para operar tal transformação, Bielsa, que tem o apelido de "El Loco", fez uma pequena revolução no futebol chileno.

Para isso, mergulhou de cabeça no novo projeto. O treinador mora sozinho dentro do centro de treinamento da seleção chilena, em Santiago. Exigiu que os cartolas locais investissem bastante para mudar todo o local, com reformas tanto na parte esportiva quanto no setor "hoteleiro".

Dentro de campo, Bielsa não hesitou em colocar em segundo plano figurões chilenos, como o ex-palmeirense Valdivia. Também mexeu na forma de atuar da equipe e mandou seus comandados atacarem.

No primeiro turno, os chilenos pagaram caro pela ousadia na partida contra o Brasil. Bielsa lançou seu time ao ataque em Santiago e acabou derrotado pelos brasileiros por 3 a 0.

Os cartolas chilenos não reclamam das exigências de Bielsa. Segundo cálculo da federação local, a seleção teve faturamento extra de US$ 5 milhões na renda dos jogos graças à boa campanha nas eliminatórias.

Bielsa, 54, que foi duramente criticado por Maradona quando pediu demissão da seleção argentina em 2004, ganhou status de celebridade no Chile. Uma comunidade na internet até sugeriu o seu nome para a presidência do país.
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