O secretário nacional de Organização Partidária do PPS, Francisco Almeida, em reunião encerrada há pouco, exortou os líderes do partido em Mato Grosso a agirem com maturidade e cobrou unidade interna na definição da política de alianças. Além disso, deixou claro que a "minoria precisa respeitar a decisão da maioria e conviver com a diferenças e divergências regionais".

"Foi uma reunião muito importante porque o Chico, que é um militante histórico, muito respeitado e coerente, cobrou unidade e maturidade. Já valeu só pelo simples fato de todos no partido voltarem a conversar, porque isso não estava ocorrendo desde quando a maioria decidiu pelo apoio ao Mauro Mendes (candidato a governador pelo PSB)", informou o presidente regional do PPS, Percival Muniz.

Se depender de Percival Muniz e da maioria dos líderes pepesistas, o PPS vai continuar apoiando o projeto de Mendes, mas uma minoria defende uma aliança com o ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos, candidato a governador pelo PSDB. O grupo pró-tucano é liderado pelo vereador Ivan Evangelista, presidente do PPS de Cuiabá.

Para o Olhar Direto, Muniz ressaltou que as orientações de Almeida servirão de norte para o PPS, que hoje ainda está dividido.  "Ele (Chico Almeida) deu exemplos claros de que a divergência é normal, como no caso do Rio Grande do Sul, onde o PMDB deve apoiar o PSDB de José Serra e e não o PT de Dilma Rousseff. Isso é natural na cabeça do povo brasileiro e do eleitor, que sabe conviver e respeitar a diferenças regionais com os projetos nacionais", acrescentou Percival.

Os aliados de Santos, que retornaram à mesa de conversações, embora minoria, ainda nutrem esperanças de o presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire, exigem que o partido apóie o projeto tucano em Mato Grosso. Essa é uma queda-de-braço que ainda está longe de acabar, mas para Mauro Mendes, o apoio do PPS é essencial, pois significa mais tempo no horário eleitoral gratuito e e garantia de chapas proporcionais mais consistentes.


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