O senador Blairo Maggi (PR/MT) disse que transformar a Agência Executora da Copa de 2014 (Agecopa) em uma Secretaria Especial, como propõe o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), não resolverá os problemas enfrentados pelo Estado de Mato Grosso com relação às obras para o evento mundial.

“Acho um erro transformá-la em Secretaria, pois ficaria exposta a todo tipo de interferência política que pode haver em um governo estadual. Se já é difícil gerir estes recursos e demandas com a Agecopa, imagine sem ela. A Agecopa foi criada para dar mais agilidade aos investimentos que serão necessários para a promoção da Copa”, destacou.

Segundo Blairo, o órgão foi criado para ter uma certa “independência” em relação à estrutura de governo. Idealizador da agência, ele sugere que sejam feitas mudanças na estrutura organizacional a partir da criação de uma espécie de conselho deliberativo.

“A Agecopa tem uma estrutura em que não há a presença de um presidente eleito que possa ser subsidiado por outros diretores. Não há a figura de um representante que assuma as demandas e que possa ser aconselhado por um conselho deliberativo”, concluiu.

O projeto para transformação da agência em Secretaria Especial será apresentado nesta quinta-feira (24) na Assembléia Legislativa. Para Pinheiro, o atual modelo de gestão é lento, sem autoridade e sem hierarquia. “Na Agecopa todo mundo manda, ninguém obedece e não há poder de comando. O modelo está falido e pode frustrar o sonho da população de ver realizada a Copa do Mundo em Cuiabá”, disse o parlamentar.