Olhar Direto

Domingo, 02 de junho de 2024

Notícias | Política MT

Mesmo com salários em dia, servidores do município de Cáceres entraram em greve

A prefeitura de Cáceres, que tem hoje 1.800 servidores na folha, teve as atividades paralisadas na segunda-feira,11, por tempo indeterminado. Cerca de 1.400 servidores aderiram ao movimento, aprovado em assembléia da categoria, realizada na manhã da última sexta-feira. Os manifestantes reivindicam várias ações, como revisão da tabela salarial; implantação do piso nacional de professores; redução da carga horária de trabalho para servidores da Secretaria de Obras e melhores condições de trabalho, para o setor de saúde.


Apenas serviços essenciais não pararam. Ao ser informado sobre o fato, na tarde de sexta-feira, o prefeito Túlio Fontes (DEM). lamentou a decisão, que considerou absurda, afirmando que estava dialogando com a categoria e que não há motivos para uma decisão tão radical, que só traz prejuízos ao município. "Os servidores estão com salários em dia e todos os direitos da categoria são observados pela administração.A prefeitura está passando por uma situação financeira muito grave, muito delicada. Ainda não recebi nada de oficial sobre a paralisação, mas só tenho a lamentar. A hora é de união para superar dificuldades, não de cruzar os braços".


O prefeito disse ainda que o movimento "está cheirando a coisa de política” e deixou claro que a decisão o pegou de supresa, porque está havendo o diálogo. "Só esta semana foram duas reuniões que considerei muito proveitosas, e não vi nenhuma intenção de greve". Fontes não esconde que terá que fazer ajustes para adequar a máquina. Entre eles, o corte de funcionários.


Já o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPM), Vivaldo Gonçalves, afirma que as negociações com a prefeitura se arrastam há mais de uma ano e que o prefeito sempre sugere a formação de uma comissão para estudar o problema. Desta vez, segundo ele, a proposta foi rejeitada pelos servidores.

O líder sindical disse ainda que com a não revisão da tabela salarial, a administração deixa de aplicar o percentual de 5.7% nos salários da categoria, que é uma obrigação legal, e isso gera um prejuízo de 300 reais mensais ao servidor no final de carreira. Também o piso salarial do professor aplicado pelo município é de R$ 927 , quando o piso nacional unificado é de R$ 1.187 mil. Já na área da saúde pública municipal Vivaldo Gonçalves afirma que faltam medicamentos e não existem nem mesmo luvas cirúrgicas.


Ontem, o prefeito se reuniu com os grevistas. O clima da reunião foi tenso e o apelo do prefeito, para que a greve não acontecesse, não foi atendido. A asssessoria de comunicação da prefeitura informou que Túlio Fontes estava esperando ser oficialmente comunicado sobre a greve para então se manifestar e ver quais medidas poderão ser tomadas, mas que a administração está aberta ao diálogo. Não estão descartadas ações judiciais. "Ele realmente lamentou -informou o assessor Gonzaga Júnior- pois o município se prepara para a realização do maior evento turístico de Mato Grosso, O Festival Internacional de Pesca, e já tem programado um mutirão de limpeza e recuperação da área urbana, agora com o final das chuvas". O assessor disse que o município conta com cerca de 100 servidores em cargo de confiança, que não paralisam, e questionou o número de 1.400 funcionários aderiram ao movimento. "Extra-oficialmente, o que ouvimos, e diretamente de muitos funcionários, é que não concordam com o movimento e que não deixarão de trabalhar". O sindicato afirma que 90% aderiram. A administração, afirma que apenas 10% estão em greve. Otem, equipe da Secretaria de Obras iniciaram a operação tapa buracos na área central da cidade.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet