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Domingo, 16 de junho de 2024

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Soldados acusados de associação ao tráfico são demitidos da polícia

O Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso demitiu os soldados Valdecir Cruz Ramiro e Leonardo Dias de Sousa por terem, segundo as investigações da Comissão Disciplinar da Corregedoria, se associado ao tráfico de drogas na região Norte do Estado. A portaria com os atos de demissão foi publicada hoje, no Diário Oficial.


Conforme o relatório da Corregedoria apresentado ao comandante geral Osmar Lino de Farias, os dois soldados são acusados de repassar informações a uma quadrilha especializada em tráfico ilícito de entorpecentes, acerca de ações policiais militares desenvolvidas na região de Colíder, Marcelândia e Nova Guarita.

O Conselho Disciplinar constatou ainda que Valdecir e Leonardo são réus em processo criminal na 1ª Vara da Comarca de Colíder, oriundo do Inquérito Policial da Polícia Judiciária Civil de Colíder, por colaborarem, como informantes, prevalecendo-se de suas funções públicas, com a associação criminosa a traficantes.

O inquérito da PJC apontou que os militares permaneciam constantemente alertando a quadrilha quanto a eventuais operações ou arrastões a serem desenvolvidas pela Polícia Militar, no que tange ao combate ao tráfico ilícito de drogas, tudo mediante recebimento de propinas.

“Tais condutas se fazem evidente, segundo a denúncia, diante dos diversos diálogos captados nas interceptações telefônicas dos terminais móveis dos denunciados, em especial ante o teor das conversas travadas entre os denunciados Vanderlei (Polaquinho) e Amilton (Nequinho) de um lado e o SD PM Valdecir Cruz Ramiro e o SD PM Leonardo Dias de Sousa de outro, sendo estes policiais sempre indagados pelo grupo de traficantes acerca de possíveis atuações da polícia na repressão ao tráfico em Colíder”, diz o relatório que fundamentou a demissão dos dois.

Também consta nos autos do Conselho de Disciplina o relatório final de análise “Operação Colíder”, datado de 20 de abril de 2008, na qual os agentes da Polícia Civil citam expressamente o envolvimento de Valdecir e Leonardo, pelo fato de demonstrarem forte laço de amizade com “Polaquinho e Nequinho”.

Afirmam as investigações da PJC que eles facilitaram as atividades ilícitas dos mesmos, mediante o pagamento de propina em 20 de março de 2008, no valor de R$ 200 e R$ 100, respectivamente, conforme consta no diálogo identificado através de interceptação telefônica.

Desde o começo do ano, já são mais de 40 policiais desligados das fileiras da PM mato-grossense, após passarem pelo crivo da Comissão Disciplinar.
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