O presidente do diretório regional do PR, deputado federal Wellington Fagundes, marcou uma nova reunião com o governador Silval Barbosa (PMDB) e já adiantou que irá cobrar uma compensação pela perda de duas secretarias: Casa Civil e Desenvolvimento Rural.

A celeuma foi criada após a nomeação do peemedebista José Lacerda na Casa Civil, devido à saída de Eder Moraes para a presidência da Agência Executora de Projetos da Copa do Mundo (Agecopa). Os republicanos entendem que a pasta pertencia à sigla republicana e agora irá cobrar um posicionamento do chefe do Executivo sobre o assunto.

“O PR perdeu duas secretarias: a Agricultura e Casa Civil e vamos questionar o governador sobre isso. De quem era a Casa Civil? Nós entendemos que era do PR. O Eder era do PR. É claro que a Agecopa não deixa de ser uma compensação e não deixa de ser um espaço, mas o PR perdeu”, afirmou em entrevista na noite de segunda-feira (18), logo após ficar cerca de duas horas em reunião com os deputados republicanos.

O governador alegou que a ida de Eder para Agecopa já contempla o PR, mesmo ele tendo de se desfiliar da sigla para assumir a presidência da agência. A justificativa até foi aceita em partes pelo presidente do partido. Wellington defende que o partido tem perdido espaço no governo e isso precisa ser resolvido.

O parlamentar cobrou mais valorização do PR por parte do governador e lembrou que sigla republicana foi a que obteve mais votos na eleição de 2010 e ajudou a eleger Silval Barbosa.

“O PR teve mais voto de legenda que todos os outros partidos e elegemos seis deputados estaduais, dois federais. O Blairo Maggi foi o senador mais votado e abrimos mão de ter um candidato a governador e vice para ajudar o Silval. Isso precisa ser reconhecido”, justificou.

Fagundes ressaltou que não irá cobrar apenas cargos, mas sim o fortalecimento das pastas ocupadas por republicanos. Este reforço passa pela questão orçamentária.

“Queremos pelo menos o fortalecimento das pastas que são do PR, como a Cultura, por exemplo, que tem o menor orçamento. Ela é mais ou menos importante? Não importa. Ela é tão importante como as outras. (...) Até agora Silval estava organizando o governo e pouco se mexeu no orçamento, por isso vamos cobrar e vamos discutir seja para próximo, seja para este ano ainda”, explicou.

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