O governador Silval Barbosa (PMDB) já admitiu a possibilidade de implantar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na capital e reconheceu as dificuldades para realizar as intervenções necessárias para a construção do corredor de ônibus para o BRT (Bus Rapit Transit). Ele já determinou ao novo presidente da Agência Executora de Projetos da Copa do Mundo (Agecopa), Eder Moraes, que se aprofunde no estudo comparativo dos modais de transporte coletivo a ser implantado na Grande Cuiabá.

“Como existe um estudo de comparação, determinei ao novo presidente que se aprofunde urgentemente neste levantamento, porque se apontar que o melhor modelo é o VLT, ou Monotrilho ou VLT a diesel, vamos ver uma opção, quem sabe adequando o BRT em outras vias”, declarou em entrevista na noite de segunda-feira.

O estudo comparativo foi realizado pelo empresário Massimo Giovina-Bianchi, diretor-presidente da T’Trans, sob a tutela do deputado José Riva (PP). Silval informou ainda que um levatamento preliminar apontou para a necessidade de 1300 intervenções de desapropriações com o BRT, que vão desde calçada, muros, áreas sem ocupação e prédios, além do fundo de comércio, que tem gerado grande especulação.

O estudo comparativo demonstra uma realidade diferente para o VLT, que necessitaria de poucas intervenções. No entanto, o presidente interino da Agecopa, Yenês Magalhães, informou que em verdade as desapropriações com o sistema de trilhos seria maior, porém com a saída dele do comando da agência a defesa do BRT enfraquece.

Riva também esteve reunido com o governador na tarde de segunda-feira (18) e levou engenheiro de tráfego e empresários para defender o VLT. O parlamentar vem trabalhando muito forte para desbancar o corredor de ônibus e implantar o modal de trilhos.

Quanto ao prazo para decisão, Silval disse que todas as deliberações demandam pressa e urgência, mas qualquer que seja a opção, não poderá fugir do prazo determinado de 18 meses para conclusão da obra.