A ida de Eder Moraes para presidência da Agência Executora de Projetos da Copa (Agecopa) tornara-la mais política, uma vez que os membros da sigla republicana já comemoram a ida do secretário-chefe da Casa Civil para o comando da entidade, pois poderá se tornar um nome forte em 2014, ano de realização do evento mundial. A possibilidade foi admitida pelo próprio presidente regional do PR, deputado federal Wellington Fagundes.

A Agecopa terá a cara do PR com Eder, mesmo ele tendo de se desfiliar, conforme exige a lei e admitiu que o secretário poderá retornar ao partido logo após deixar o cargo. Os deputados da legenda republicana estiveram reunidos com Moraes na noite de segunda-feira por cerca de duas horas e cobraram o compromisso dele com a sigla.

“Os deputados defendem o nome dele, mas querem que ele assuma o compromisso com o PR. E é claro que se ele garantir bons resultados e a Agecopa der bons frutos isso terá um reflexo político. Se ele for bem, o PR não abre mão de dizer que saiu das fileiras do PR. A desfiliação só está sendo feita porque é obrigatória, mas nada impede ele de retornar ao PR”, afirmou o presidente.

Wellington lembrou que as obras da Copa terão grande impacto na capital e isso com certeza irá gerar reflexos positivos para Eder e para o PR. O curioso é que ao criar a Agecopa, o ex-governador e senador Blairo Maggi (PR) defendia a desfiliação para evitar qualquer influência política-partidária na entidade e acabar atrapalhando o bom andamento das atividades.

Fagundes discorda e destaca ainda que além de Eder, o diretor de Infraestrutura, Carlos Brito, também tem ligação com o PR. Porém, defendeu ainda que é necessário realizar um trabalho independente e buscar apoio com lideranças que qualquer bandeira partidária.