Após a negativa do juiz Bertolucci ao pedido de afastamento formulado pelo Ministério Público Estadual (MPE), o defensor-geral André Luiz Prieto anunciou que irá até as últimas consequências para responsabilizar o promotor Mauro Zaque, autor da ação de improbidade proposta na Vara Especializada da Ação Civil Pública. ”Agora vou até o fim”, anunciou.

Em entrevista concedida à imprensa na tarde desta sexta-feira (16), Prieto, quase aos prantos, declarou que a ação proposta lhe privou de acompanhar as comemorações do aniversário de seu filho, que foi ontem.

“Ontem era aniversário do meu filho e saí daqui [da Defensoria Pública] às 4 da manhã. Estou sendo execrado, minha imagem está sendo arranhada por um cara que só quer mídia”, desabafou, antes de começar a desferir ataques ao promotor que propôs a ação judicial.

“Improbo é ele. Se vocês não têm conhecimento de qual é o motivo, eu vou revelar: o Paulo Prado exonerou o Zaque do Gaeco [Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado] porque descobriu que ele usava a escolta do Ministério Público de maneira pessoal, para levar a mulher no salão de beleza. Improbo é ele, que é dono do Damásio [Complexo Educacional Damásio de Jesus] e que me convidou para dar aula e nunca me pagou. Estou entrando também com uma ação para receber a dívida”, ameaçou.

Prieto também insinuou que o atual prédio das promotorias foi construído com mármore fornecido pela empresa JBA, propriedade do irmão do promotor.

“É um promotor que faz tudo para aparecer. Ele é quem deveria se declarar suspeito”.