O coronel Fernando Miranda do Carmo, comandante do 9º Batalhão de Engenharia de Construção (9º BEC), afirmou que o Exército poderá assumir a execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá, somente em três possibilidades: executar as obras a partir de 2010, dividir os lotes das obras para serem feitos junto com a iniciativa privada e até mesmo trazer militares de outro estado para assumir parcialmente o trabalho.
As propostas feitas pelo 9º BEC foram encaminhadas ontem em um Relatório Técnico para reunião de hoje (21) entre o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos e a Diretoria de Obras e Cooperação e o Departamento de Engenharia e Construção em Brasília. A decisão deve ser tomada pelos dois órgãos de Brasília, aos qual o exército da capital é subordinado, no entanto Miranda revelou que a decisão deverá ser divulgada na semana que vem.
Embora três hipóteses tenham sido pontuados pelo 9º BEC, o coronel Miranda acredita que a proposta mais viável será assumir parte das obras esse ano, no caso, o PAC Pantanal e para isto terão que convocar militares da unidade de Aquidauana/MS e com isso, a prefeitura teria que realizar uma nova licitação para responder pelo restante dos lotes do programa.
“Queremos ajudar Cuiabá, mas de repente, se assumirmos o compromisso de pegar todas as obras do PAC podemos atrapalhar. Temos metas a cumprir para esse ano das três em andamento”, afirmou.
Com isso, o prefeito tucano, que estaria “fugindo” de realizar uma nova licitação para o PAC em Cuiabá, após a deflagração da Operação Pacenas pela Polícia Federal de fraudes nos processos licitatórios, que apontou como “articulador” o ex-procurador geral do município, José Antônio Rosa.
O coronel afirma que o entrave seria o pequeno efetivo disponível como também a quantidade que equipamentos de trabalho, diante do compromisso assumido com 9º BEC, com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte e com o Ministério dos Transportes, em concluir o asfaltamento de 50 km na BR-163, no Norte de Mato Grosso.
Além disso, o Exército afirmou que terá dificuldade em concluir as obras emergenciais colocadas pela Sanecap, como a finalização dos poços de visitação e valetas, que segundo Miranda estão abertas e poderiam causar acidentes ou até mortes e atrapalhar o trânsito.