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Quarta-feira, 12 de junho de 2024

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COBRANÇA AO PAIAGUÁS

Sintep ameaça paralisação por tempo indeterminado; Governo elenca ações na educação

16 Mai 2024 - 10:22

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Foto: Olhar Direto

O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, não descartou a possibilidade de paralisação dos professores

O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, não descartou a possibilidade de paralisação dos professores

O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, não descartou a possibilidade de paralisação dos profissionais da Educação. O indicativo será debatido em assembleia geral marcada para a próxima segunda-feira (20). O movimento pode ocorrer ainda no primeiro semestre do ano, caso o governo estadual não apresente uma resposta para três cobranças feitas pelo sindicato desde o ano passado. 


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O governo, por outro lado, destaca que tem priorizado a oferta de educação de qualidade com pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) e criando o 14° e 15° salário dos profissionais da Educação, investindo na melhoria da infraestrutura das escolas estaduais e está em fase de estudo para realização de concurso público para a Educação.

Entre as pautas de reivindicação dos profissionais da educação estadual está uma política de valorização salarial, com compensação da Revisão Geral Anual (RGA) dos primeiros quatro anos de governo Mauro – resultando em ganhou real para a categoria.

Além disso, o sindicato cobra a revisão da porcentagem do desconto previdenciários de aposentados e pensionistas, e a realização de concurso público para professores e demais servidores da área técnica.

“Vale destacar que em 2019, quando nós fizemos a greve, a nossa greve foi decretada legal (quando transitou e julgado o processo), exatamente pela omissão por parte do Estado em responder e negociar com os trabalhadores da Educação as pautas que foram apresentadas à época. Então a gente vem nessa busca de conversa junto ao governo do Estado há um bom tempo. No ano passado protocolamos novamente a pauta que é de conhecimento, que tem três pontos principais e a Seduc não tem debatido sobre ela e diz que a responsabilidade é do governo”, afirmou, em conversa com a imprensa nesta quinta-feira (16).

“Só para se ter uma ideia, o estado de Mato Grosso hoje, em se tratando de professores, praticamente 60% são contratos temporários. O pessoal técnico e de apoio também tem um número significativo que estão na condição de contratos temporários e a gente não tem mais nenhum concurso vigente para a educação e a nossa cobrança é que o governo agilize esse processo”, completou.

De acordo com Valdeir, ao contrário do que o governador Mauro Mendes (União) afirma na imprensa, o Palácio Paiaguás não responde aos ofícios protocolados pela categoria e, muito menos, aceita receber os sindicalistas para uma reunião. O último encontro do Sintep com o chefe do Executivo estadual teria ocorrido em 2019, antes da pandemia da Covid-19.

“O governo fez essa declaração que não é verdadeira. Temos os protocolos das diversas solicitações de audiência com o governo do estado do Mato Grosso para tratar dessas pautas, inclusive essa do confisco, essa que trata da pauta salarial. O secretário de educação (Alan Porto) diz que não é de competência dele e tem jogado a responsabilidade em outros secretários e no próprio governo do estado”, disse.

“No entanto, não se confirma nenhuma audiência, para se ter uma ideia, no ano passado, a gente foi informado que teria uma audiência, mas nunca ocorreu, e no finalzinho do ano, em dezembro, tinha uma audiência marcada, que seria junto com os secretariados do governo, mas menos de 24 horas da realização da audiência cancelaram dizendo que aconteceria em janeiro de 2024 e até agora não ocorreu”, acrescentou.

Por fim, o sindicalista ressaltou que o governador tem agido de má-fé ao afirmar que a categoria não busca diálogo e tem feito balburdia em eventos públicos. Mauro chegou a dizer que o Sintep não representava mais os profissionais da área.

“Para se ter uma ideia, a última conversa que nós tivemos com o Governo Mauro foi no ano de 2019, poucos dias antes da categoria paralisar por tempo indeterminado. Com o secretário Fabio Garcia, que hoje é o secretário da Casa Civil, não tivemos sequer uma reunião. Com o Gallo (Fazenda) não teve uma reunião, então com o Basílio (Planejamento) também não se teve nenhuma reunião. Então assim, o governo tem agido com truculência, desrespeito com a categoria da educação, porque nós estamos buscando diálogo de todas as formas”, garantiu.

“Nós encaminhamos um novo ofício falando já que você não quer conversar, então responda no mínimo os ofícios que nós encaminhamos e que tem o número do protocolo já que o governo não quer conversar então pelo menos respeite e responda. O governo tem nos tratado com má fé, essa que é a verdade, porque a nossa conversa com o governo ela é institucional, quando fazemos as nossas atividades, protocolamos institucionalmente junto ao governo do estado as manifestações.”, declarou, completando que o governador personaliza a discussão e escolhe alguns membros do Sintep como inimigos.

Conira abaixo a íntegra do posicionamento do Governo do Estado:

O Governo de Mato Grosso tem priorizado a oferta de educação de qualidade para alunos e criando condições de trabalho para os profissionais do setor, com:

1. Pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) e criando o 14° e 15° salário dos profissionais da Educação, na melhoria de resultados e dos índices de aprendizagem;

2. Investimento na melhoria da infraestrutura das escolas estaduais, proporcionando melhores condições de trabalho e aprendizado;

3. O governo informa ainda que a realização de concurso público para a Educação está em fase de estudo, com três reuniões já realizadas para analisar as necessidades do setor e o impacto financeiro.

Atualizada às 17h25.

 
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