O deputado federal Abilio Brunini (PL) deu uma declaração nesta quinta-feira (16) rebatendo falas do secretário-adjunto de Turismo de Mato Grosso, Felipe Wellaton (Republicanos), vice de sua chapa na disputa pelas eleições municipais de Cuiabá em 2020, que em entrevista recente disse não crer numa mudança de postura do congressista para chefiar o Palácio Alencastro. 

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Questionado sobre a fala de seu ex-aliado, Abílio afirmou que faz parte do jogo e disse que tem evitado abordar o assunto. "É a política, né? Faz parte. Mas eu não estou comentando essa situação do Wellaton porque política passa, depois a gente conversa e vê o que é que dá”, disse em entrevista nesta quinta.  

A fala de Wellaton a respeito de Abílio foi a seguinte: “Eu não acredito que você muda sua pessoa. Pode mudar de roupa, pode mudar sua maquiagem, mas quem você é reflete isso nas pesquisas e no diálogo com as pessoas”. Felipe já declarou apoio à candidatura de Eduardo Botelho (UNIÃO) à prefeitura de Cuiabá.

O deputado federal rebateu o ex-aliado, negou que esteja criando uma nova persona com vista de obter qualquer ganho eleitoral e ressaltou que tem mantido a mesma atuação da época quando era vereador municipal. 

“Eu continuo de camisa cinza”, disse. “Continuo fazendo meu trabalho, minha fiscalização, falando dos problemas de Cuiabá, apontando os erros da gestão de Cuiabá e dizendo quem são os culpados. Não vou trocar minhas convicções e valores por um preço. Mas eu respeito muito o Wellaton, Bussiki, Dilemário e espero que eles possam construir bons projetos onde estiverem”, completou. 

Apesar da negativa de Abilio sobre um novo personagem, o próprio presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, disse que uma equipe vai fazer uma remodelagem do parlamentar a fim de prepará-lo para o Executivo.  

“Ele vai ser preparado pela equipe de campanha que está chegando em Cuiabá. Na próxima semana será o novo Abílio, o Abílio para o Executivo”, declarou Ananias.

Em 2023, seu primeiro ano como deputado federal, Abílio colecionou polêmicas, bate-bocas e confusões em reuniões e comissões dentro da Câmara dos Deputados. Ele chegou a enfrentar um processo que pedia sua cassação no Conselho de Ética da Casa por supostamente ter cometido crime de transfobia contra a deputada federal Érika Hilton. A ação, no entanto, foi arquivada.