A delegada-geral da Polícia Judiciária Civil (PJC), Daniela Silveira Maidel, destacou a atuação da instituição para combater crimes cometidos por membros da própria instituição. Garantiu que as investigações são conduzidas com o rigor necessário, independente de quem tenha, supostamente, cometido crimes.

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A declaração foi dada na segunda-feira (20), semanas após a prisão do delegado Geordan Fontenelle, de 34 anos, suspeito de solicitar “diárias” de presos e mais vantagens indevidas. O delegado que atuava em Peixoto de Azevedo (673 Km de Cuiabá) foi colocado em liberdade e é monitorado por tornozeleira.

A delegada ressaltou que essa operação foi realizada a partir da atuação da Corregedoria da PJC. “Nós temos a missão de investigar crimes, independente de quem os cometa. Se é uma pessoa estranha à instituição ou policial, ele será investigado. É necessário que se faça isso, a PJC não tolera esse desvio de conduta. Independentemente de quem seja, tem que ser investigado e punido”.

“Vejo isso como um crescimento institucional. A instituição que é capaz de promover esse tipo de investigação e punição, é porque já está num nível de maturidade bastante grande. Não podemos permitir que um indivíduo manche o trabalho de mais de 3 mil servidores que se dedicam diariamente. Mais do que necessário, é nossa obrigação buscar coibir esse tipo de conduta”, completou.

Nesta quarta-feira (22) outro delegado foi alvo de operação policial. Dênis Cardoso de Brito foi afastado das funções em Porto Alegre do Norte (1.031 Km de Cuiabá). Ainda em estágio probatório, ele teria tomado posse de um Corolla que estava apreendido pela PJC para viajar até Goiás, usando placas de outro veículo. Além disso, estaria com um fuzil que não era de sua propriedade.