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Domingo, 16 de junho de 2024

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Jobim diz que acordo entre PT e PMDB em 2010 dependerá de disputas estaduais

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que a aliança política entre o PT e o PMDB na campanha presidencial em 2010 “vai depender das decisões locais”. Para ele, o PMDB, ao qual é filiado no Rio Grande do Sul, “é uma confederação de partidos regionais”, sem “nome nacional” para disputar a Presidência, e a adesão do partido vai depender dos interesses em cada estado.


Segundo Jobim, “a lógica do PMDB” faz com que as lideranças locais só se engajem na campanha nacional “se favorecer as eleições estaduais”. Ele avaliou que o PMDB e o PT poderão estar em lados opostos nas eleições no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, São Paulo, na Bahia e em Pernambuco.

A avaliação do quadro político de alianças para as próximas eleições é um dos assuntos em debate no programa 3 a 1, que vai ao ar nesta quarta-feira (19), às 22h, na TV Brasil (canal 2 da TV aberta em Brasília).

Além das eleições do próximo ano, o ministro responde perguntas de telespectadores e dos jornalistas Luiz Carlos Azedo (âncora do programa), Daniel Rittner (Valor Econômico) e Ricardo Amaral (Época) sobre a compra de armamento, a transferência da base americana para a Colômbia e a organização das Forças Armadas e do Ministério da Defesa, entre outros assuntos.

Durante o programa, Jobim trata também da compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira (concorrência F-X2). Ele afirma que a escolha dependerá da transferência de tecnologia para a fabricação dos caças, “inclusive do código fonte para a construção completa no Brasil”.

O interesse brasileiro é evitar dependência de fabricantes estrangeiros na manutenção dos aviões e poder “fabricar componentes”, explicou o ministro. Para ele, a transferência de tecnologia é estratégica. “A Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) explodiu porque aprendeu a fazer avião”, disse Jobim, referindo-se aos caças AMX A1, de tecnologia italiana, comprados na década de 80.

Disputam o fornecimento para o Brasil o caça francês Dassault Rafale, o sueco Gripen NG (da Saab, ainda em projeto) e o norte-americano F-18 Super Hornet (da Boeing). Segundo Jobim, “os Estados Unidos têm precedentes de não transferência de tecnologia”. O Ministério da Defesa encaminhará ao presidente da República relatório com análise sobre os aviões. A decisão não sairá antes de 7 de setembro, antecipou Jobim no programa.

O ministro não quis tratar da polêmica sobre o suposto fornecimento de armas pela Venezuela às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e evitou comentários extensos sobre o acordo entre a Colômbia e os Estados Unidos para uso de uma base do país sul-americano pelos norte-americanos. Segundo ele, o presidente Álvaro Uribe assegurou que os aviões norte-americanos percorrerão apenas o espaço aéreo colombiano e o Pacífico.

Jobim anunciou que o Exército aumentará os pelotões de fronteira na Amazônia e instalará grupamentos militares no limite do território nacional em todas as bocas de rio da floresta. Jobim quer que a Marinha e a Aeronáutica ganhem poder de polícia e possam fazer prisões de quem entre ilegalmente pelos rios ou invada o espaço aéreo brasileiro.
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