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Povos indígenas cobram inclusão política e cultural com discurso contundente durante Rio +20

13 Jun 2012 - 21:40

Do Rio de Janeiro - Renê Dióz, enviado especial

Foto: Renê Dióz/OD

Povos indígenas cobram inclusão política e cultural com discurso contundente durante Rio +20
A representação dos povos indígenas foi responsável por um dos discursos mais contundentes na fase de abertura dos trabalhos na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20) nesta quarta-feira (13).


Durante reunião em que se manifestaram porta-vozes de todos os setores envolvidos no debate por acordos que promovam a economia verde no mundo, a palavra da representação dos povos indígenas foi de revolta com a subjugação cultural de suas comunidades, totalmente excluídas das tomadas de decisões políticas, e a exploração predatória dos recursos naturais em suas áreas.

“Temos que respeitar os direitos da Mãe Terra”, resumiu o delegado do comitê para os povos indígenas do mundo, num dos textos que servirão de diretrizes para as posteriores negociações dos chefes de Estado por medidas em prol do desenvolvimento sustentável com justiça social.

O clamor dos povos indígenas é para que “seu pilar cultural seja definitivamente inserido na sociedade”, fator primordial para de fato aplicar justiça social às políticas de preservação ambiental – premissa desta conferência da Organização das Nações Unidas (ONU).

“É dever dos governos trabalhar com os povos indígenas e contra a extração irregular de recursos naturais de suas áreas. Reservas e locais sagrados estão sendo afetados, economias locais prejudicadas por investimentos predatórios. A regulamentação é uma alternativa viável”, finalizou o comitê indígena.

Rio +20

Sucessora da Eco-92, a Rio+20 é a oportunidade que a ONU abriu para que países do mundo todo voltem seus olhos para a preservação, mas desta vez com a intenção de ir além: buscar formas práticas de aplicar, com justiça social, medidas que garantam um planeta ambientalmente possível para o futuro.

Leituras de discursos como o dos representantes dos povos indígenas servem de esboços para posteriores medidas multilaterais, cujos anúncios são previstos para os últimos três dias da Conferência no Rio de Janeiro – quando chefes de Estado se reúnem para deliberar a respeito dos textos, reivindicações, sugestões e análises suscitadas por todos os setores interessados (além dos indígenas, comitês representantes de indústrias, organizações não-governamentais, grupos de luta pelos direitos das mulheres, agricultores, grupos pelos direitos de crianças e jovens, entre outros).

No entanto, esta fase preliminar da Rio+20 é palco para as mais diversas manifestações culturais e de clamor por um controle global sobre os recursos naturais. Além das discussões acadêmicas e políticas presentes no Riocentro, na zona Oeste do Rio de Janeiro, há palestras, stands, exposições, eventos culturais e atividades paralelas acontecendo no centro da capital fluminense com temáticas ligadas à Conferência.
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