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"Não há muito o que comemorar", declara ex-secretário da ONU no Rio

17 Jun 2012 - 12:10

Do Rio de Janeiro - Renê Dióz, Enviado Especial

Foto: Mauro Pimentel/Terra

Strong ao lado do ex-presidente Fernando Collor, que exercia o cargo em 1992

Strong ao lado do ex-presidente Fernando Collor, que exercia o cargo em 1992

Após o marasmo das negociações empacadas dos três primeiros dias de Rio +20, o ex-secretário geral das Nações Unidas (ONU) para o evento predecessor, de 1992 (Eco-92), o canadense Maurice Strong, arrebatou o público na noite desta sexta-feira (15) com um dos primeiros discursos de fato críticos da conferência e quebrou a linha dos pronunciamentos demasiadamente “diplomáticos” proferidos até então.


Durante cerimônia de comemoração pelos 20 anos da Eco-92, Strong foi aplaudido por admitir que, na verdade, “não há muito o que comemorar”.

Aos 83 anos e considerado um dos precursores do movimento pela sustentabilidade no globo, o canadense alertou que a humanidade pode estar perdendo a chance de garantir suas condições de vida na Terra, pois diversos países, mesmo após a conferência de 1992, mantêm as mesmas políticas de desenvolvimento altamente degradante e se negam a cumprir os compromissos assumidos naquela época.

“Eu venho de um deles, infelizmente”, apontou, referindo-se ao Canadá, governo que também denominou depois como um dos piores atores internacionais no que diz respeito ao cumprimento das metas de desenvolvimento sustentável e de redução dos processos ambientalmente degradantes.

Por diversas vezes, o ex-secretário geral mencionou o “ponto da virada”, momento iminente em que o planeta não mais manterá condições para a vida humana.

“Estamos muito próximos do ponto de virada. A Rio +20 não deve ser vista como mais um evento. Isso não é só mais uma conferência, é sobre o futuro da nossa civilização”, advertiu. Em seguida, perguntado se estava pessimista quanto aos resultados do evento no Rio de Janeiro, Strong preferiu denominar seu posicionamento de “otimista cauteloso”.

Quanto ao Brasil, Strong afirmou que trata-se de um dos países de referência no que diz respeito ao desenvolvimento de uma economia baseada na sustentabilidade, tal como a China.



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