A arrecadação do Imposto Predial e Territoral Urbano (IPTU) em Cuiabá para o exercício financeiro de 2009 deve ficar em patamares de R$ 20 milhões, resultado que, em princípio, frusta, de certa forma, a estimativa da equipe econômica municipal, mas que também pode ser comemorado por conta da atual conjuntura financeira mundial.

Será um crescimento tímido em comparação com 2008, cuja arrecadação ficou em R$ 18,9 milhões. "Diante de uma crise avassaladora mundial, que já atingiu ou ainda vai atingir todos os setores da economia, podemos até ficarmos satisfeitos se a nossa estimativa for confirmada", salienta o secretário de Finanças de Cuiabá, Guilherme Müller, em entrevista exclusiva para o Olhar Direto. 

O maior lamento da equipe econômica é não conseguir reduzir ainda mais o índice de inadimplentes. "Ainda temos uma inadimplência entre 48% e 50%. É elevadíssima na comparação com outras cidades brasileiras de mesmo porte", compara Müller.

O secretário ressaltou que essa inadimplência elevada é "puxada" pelo calote do IPTU pelos proprietários de terrenos. Cuiabá ainda tem cerca de 37 mil terrenos e a inadimplência chega a 80%. "Só 20% dos donos de terremos pagam o imposto. Fato que é lamentável", acrescenta.

O termômetro da confirmação da estimativa de R$ 20 milhões foi a arredação do último dia 10. Neste dia, segundo Mülller, as receitas do IPTU fecharam em R$ 10,5 milhões. "Um número muito bom e que servirá de base para a confirmação de nossa expectativa, que poderia ser melhor não fosse a crise financeira mundial, que está tendo um forte efeito psicológico nas pessoas", analisa