A advogada presa durante a Operação Alfa, deflagrada na última segunda-feira (19), Rúbia Ferreti Valente, responderá pelo segundo processo ético na Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso. Isso porque, em dezembro do ano passado ela foi presa em Minas Gerais tentando soltar o traficante Luiz Galha com um alvará falso.
Ainda assim, a Ordem acompanhou a prisão da advogada e entrou com pedido de Habeas Corpus para que Rúbia responda pelos crimes em liberdade, mas ainda não foi julgado. É o que informou o presidente da OAB-MT, Francisco Faiad.
No entanto, Faiad reforça que outro processo será aberto contra Rúbia Ferreti para que sejam apuradas as denúncias contra ela. De acordo com as investigações da Polícia Federal, a advogada ajudava a família Galha, presa durante a operação, no esquema de tráfico de droga.
A família agia em Cáceres e era responsável pela distribuição da droga para o estado de São Paulo. Na cidade de Uchoa-SP, foi descoberto um laboratório onde o entorpecente era preparado para ser vendido. Grandes empresários do ramo de veículos e construção do estado de São Paulo foram presos durante a operação acusados de comandarem o tráfico. O marido de Rúbia, Wanderley José Valente também foi detido durante a ação da Polícia Federal.
Em Curvelândia, dois irmãos donos de uma construtora também foram presos. Cleber e Clatyton Simões Duarte foram acusados de usar a empresa, que realizava serviço em San Matias, na Bolívia para transportar a droga até Cáceres.
Outro bando utilizava-se de pequenas aeronaves para levar a droga da Bolívia até Mato Grosso e Goiás, de onde era revendida. No Estado, foram 22 presos e uma pessoa foragida. A matriarca da família Galha, Dejarnina Galha, 60 anos, não foi encontrada pela Polícia Federal.