A decisão do Ministério Público Estadual (MPE) de fazer cumprir a Lei Federal nº 6.454/77 que restringe aplicação de nomes de pessoas vivas em prédios e logradouros públicos pode causar um constrangimento em Barra do Garças, pólo da região Leste do Estado. De acordo com MPE, as cidades de Denise, Nova Olímpia, Porto Estrela e Barra do Bugres já foram notificadas e devem alterar os nomes em cumprimento à legislação.
Em Barra do Garças, é comum a prática de colocar nome de pessoas vivas nos prédios. O aeroporto de Barra, por exemplo, leva o nome do ex-governador Júlio Campos (DEM), homenagem prestada ainda na época do ex-prefeito Wilmar Peres. A avenida que dá acesso à cidade vindo de Cuiabá recebe o nome governador Jaime Campos. A policlínica do bairro São José foi denominada Alencar Soares Filho, homenagem ao conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que na época era deputado.
O parque Grimalda, Centro de Convivência da Terceira Idade, que está desativado, recebe o nome da mãe do conselheiro Antônio Joaquim, Dona Grimalda, homenagem prestada pelo ex-prefeito do município, Zózimo Chaparral. Inclusive o próprio conselheiro tem o nome estampado numa avenida de Barra do Garças, a avenida deputado Antônio Joaquim, importante perimetral que liga a região central ao bairro Santo Antônio.
Outra homenagem à figuras vivas é feita ao deputado federal Wellington Fagundes (PR), aliado do prefeito Wanderlei Farias, por meio da denominação do Complexo de Multiuso. Se o Ministério Público resolver cobrar a lei na cidade muitos nomes podem cair. A justificativa das lideranças políticas é que essas homenagens foram prestadas sem intenção de angariar votos e para homenagear famílias e políticos que ajudaram à cidade.
Entre as determinações da 1ª Promotoria de Barra do Bugres está a unidade ambulatorial intitulada de Pedro Henry, localizada em Nova Olímpia.