O governador Silval Barbosa (PMDB), candidato à reeleição, e o ex-governador Blairo Maggi (PR), que disputa uma vaga de senador, foram os responsáveis pelo pedido de abertura de investigação para apurar suposto crime eleitoral de aliciamento praticado por Adriana Carla Honorato (23), presa ontem (21) pela Polícia Civil, no município de Peixoto de Azevedo. 

"A informação é de que essa mulher vinha contratando indevidamente pessoas para trabalhar para o Blairo maggi para o governador Silval Barbosa. E nós encaminhamos ao secretário Diógenes Curado (Justiça e Segurança Pública) pedindo um investigação. Agora, depois da prisão efetuada, estamos encaminhando representação à Justiça Eleitoral para que seja aberto um procedimento", disse o coordenador jurídico da coligação Mato Grosso em Primeiro Lugar, Francisco Faid.

Na avaliação de Faiad, "com certeza" a jovem presa "está a serviço de alguém". "E é isso que preciso ser investigada pela Justiça Eleitoral,  porque, pelo visto, essa é uma situação delicada", pondera.

Adriana Honorato, que já foi liberada, declarou ter sido contratada por um pessoa em Cuiabá e estaria recebendo cerca de R$ 3 mil por mês. Segundo fontes policiais, Adriana Honorato já vinha aliciando eleitores nos municípios de Cuiabá, Acorizal e Poconé.

No ato da prisão, ela estava com um veículo Volkswagen Gol, vermelho, placas JYI 7559, de Rondonópolis. A acusada disse à polícia morar em Rondonópolis. Com ela, policiais encontraram cadastro com mais de 300 eleitores, com dados do Título de Eleitor, CPF, RG e comprovantes de endereço.

Também foram presas Ceicilene Pereira Cristina, 23 anos; Francisca de Barbosa Silva, 46; Maura de Lima Silva, 26; e Reily Souza Alves ,26. Todas foram encaminhadas à delegacia, prestaram depoimento e ficarão à disposição da Justiça Eleitoral.


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