O candidato ao Senado pela coligação Mato Grosso Melhor pra Você, Pedro Taques (PDT) teceu duras críticas à administração do Estado e que a morte do garoto Matheus Modesto, 13 anos, prova que o atual governo prefere investir na estrutura de pastas secundárias, a desenvolver secretarias tidas como essenciais. “O caos poderia ser ainda maior se não fosse a Justiça intervir por muitas vezes, nos problemas que o governo deveria se atentar e de imediato resolver”.

Matheus morreu na segunda-feira (19), em Sinop, após o Estado ter deixado de fornecer a ele medicamento de alto custo. “A fatalidade ocorrida com Modesto revela que a saúde em Mato Grosso não foi tratada como prioridade”, lamentou Taques durante visita ao Hospital Regional de Sorriso (418 KM de Cuiabá), na tarde dessa quarta-feira (21). Segundo o pedetista o apelo da mãe, que não tinha condições de comprar o medicamento, foi ignorado.

O ex-procurador da República alerta que a “judicialização” da saúde não é o “melhor remédio”. E que os administradores do Estado e dos municípios tem que desenvolver suas funções “Quando o Estado falha entra o poder Judiciário. Entretanto, a judicialização não é o melhor remédio. O administrador público, o prefeito e o governador tem que cumprir seu papel”, ponderou o pedetista.

Matheus Modesto tinha uma doença genética chamada Niemann-pick tipo C, causada por falha no transporte intracelular de colesterol que se acumulava no organismo e causava graves danos neurológicos.

Desde 2008, por força de liminar, a Secretaria de Estado de Saúde disponibilizava para a família de Matheus um remédio importado, denominado Miglustat, ao custo de R$ 28 mil por caixa. Todavia, há dois meses o Estado havia deixado de fornecer o remédio.

Com informações da assessoria.