A senadora Serys Slhessarenko (PT) ainda mostra ressentimento quanto ao fato de ter sido substituída pelo deputado federal Carlos Abicalil (PT) no direito de disputar uma vaga ao Senado nas próximas eleições. “Se eu fosse homem duvido que tivessem me enfrentado desse jeito”, disse a senadora em entrevista nesta quarta-feira (28) no programa Cidade Independente (Rádio Cidade 93,4 FM).

Serys afirma que o fato de ser mulher contribuiu decisivamente para que seu direito de reeleição como senadora lhe fosse retirado. “Tem discriminação sim”, completou a petista, ressaltando que, se fosse homem, a conversa dentro do partido teria sido outra e o grupo de Abicalil não teria partido para um enfrentamento tão direto.

A senadora perdeu para Abicalil a vaga para a disputa eleitoral no mês de abril, quando foram realizadas prévias do PT em Mato Grosso. Ressentida com o resultado, Serys anunciou que, não sendo candidata ao Senado, não seria candidata a mais nada.

No entanto, a petista acabou cedendo a pressões, segundo ela, de apoiadores e eleitores e hoje é candidata a deputada federal. Ela não realizou o registro de candidatura até o prazo determinado, mas ficou com a vaga do médico Alencar Farina (PT), que pediu renúncia da candidatura, abrindo espaço para a senadora.