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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Prepare os filhos para a volta às aulas

Durante as férias, as crianças mudam de ritmo, acordam mais tarde, fazem as refeições fora de hora. Agora, com a volta às aulas, elas precisam se adaptar à rotina. Para evitar problemas com o rendimento escolar e o aumento da ansiedade, o ideal é começar a prepará-las na última semana de descanso.


Durante esse período, faça com que a garotada deite ou acorde em horários mais próximos aos que terá de seguir durante o ano. "Mas isso não deve ser algo rígido. É importante conversar bastante com a criança sobre o assunto e explicar que tem de acordar no horário e se acostumar com a volta às aulas", explica Lino de Macedo, professor de psicologia do desenvolvimento do Instituto de Psicologia da USP.

Os filhos que estudam à tarde também devem ter um horário para levantar. Nada de trocar o dia pela noite, até mesmo nas férias. "Isso nunca é bom. Pode causar hiperatividade, irritabilidade, dispersão, confusão e distração", complementa o professor.

Se os pequenos têm costume de tomar banho antes de ir para a escola, retome essa rotina. A hora de almoçar e de jantar também deve voltar gradativamente à de costume.

Além da mudança de horários, é interessante brincar de escolinha com o filho. "Faça atividades lúdicas, como as de livros e revistas infantis, que lembram lição de casa", recomenda Macedo.

Rotina é fundamental
Sônia Tavares de Oliveira, 38 anos, faz questão de preparar o filho, Felipe Tavares da Cruz, 10 anos, para a volta às aulas. "Converso bastante com ele sobre isso, ainda mais este ano, que ele vai mudar de escola", ensina.
BR> Durante as férias, o garoto mantém o ritmo. "Almoça às 12h, assim como quando está estudando. Acostumou-se tanto, que não gosta de comer em outro horário", afirma a mãe.

A maior mudança é com o horário de levantar. "O Felipe acorda um pouco mais tarde durante as férias, mas se tem de acordar mais cedo, não dá trabalho algum", conta.

Felipe só chorou por causa da escola quando começou a frequentá-la, aos 2 anos. "Teve o período de adaptação e passava poucas horas. Eu falava que era importante ir à escola para aprender e que iria fazer amigos lá. Hoje, adora estudar", completa.

Conversar é importante
Não basta estabelecer horários para dormir, acordar e fazer outras atividades. É preciso motivar a garotada. "Converse sobre o aprendizado que vai ter ao longo do ano para que a criança saiba que é uma coisa boa e não veja a escola como algo chato", explica Silvana Rabello, professora da faculdade de psicologia da PUC - SP.

Uma boa dica é empolgar os pequenos com a compra do material escolar ou do uniforme. Também é interessante que participem ou acompanhem, por exemplo, quando os pais forem encapar os objetos. "Mostrar algum material escolar dos pais também ajuda a motivar", afirma a psicóloga.

Já os que ficam muito excitados com a proximidade da volta às aulas também precisam de atenção. "Nesse caso, tem de fazer o contrário para afastar a ansiedade. Explique que ainda tem uma semana de férias e dá para aproveitar para passear, brincar mais", complementa Macedo.

Além da mudança de rotina, por que o começo do ano letivo mexe tanto com as crianças? "Além dos pontos positivos, como encontrar os amigos e aprender, significa perdas para elas. Perdem as férias, o contato maior com os pais, as viagens. O começo também traz ansiedade e expectativas quando pensam se vão gostar dos novos colegas, das novas professoras, principalmente se mudar de turno ou de escola", afirma Macedo.

Primeira vez
As crianças que vão à escola pela primeira vez pedem mais cuidados. "É o momento de separação do lugar de referência. Geralmente, o pai ou a mãe fica na escola no primeiro dia ou em mais alguns", diz Silvana. Essa atitude é importante para que a criança tenha tempo de conhecer o local, ficar calma e sentir segurança de que os pais não vão deixá-la lá sem buscá-la depois.

Se o filho tem de mudar de colégio, é interessante que saiba o motivo e o que vai ganhar com a novidade. Mas não se esqueça de preveni-lo sobre o que vai perder, como a antiga turma, e que é preciso ter paciência para se adaptar ao local e fazer novas amizades.

A psicóloga da PUC ressalta que não é normal a criança passar mal quando volta às aulas. "Se for pequena, é normal que chore no primeiro dia. Neste caso, tem de manter a calma para conseguir tranquilizá-la. Se os problemas não se resolverem rapidamente, tente identificar o que traz essa angústia. Caso não consiga identificar, procure a ajuda de um profissional", recomenda Silvana.

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