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Quinta-feira, 16 de maio de 2024

Notícias | Educação

Coordenadora alerta para ''bullying'' nas escolas

Apesar não existirem dados concretos em Cuiabá, a coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Dilma Camargo, alerta para a ocorrência cada vez mais freqüente dos casos de “bullying” nos ambientes escolares, com maior incidência de adolescentes do sexo masculino, com idades entre 12 a 17 anos. O termo compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra um colega. Para orientar professores e profissionais da saúde, no ano passado, as técnicas da instituição fizeram palestras e oficinas.


Dilma pontua geralmente toda violência e falta de limites vivenciada em casa, de alguma maneira, reflete-se no ambiente escolar. A reprodução disso acontece contra o mais próximo dele, que é o colega mais indefeso, seja por estar num grupo menor, estar na condição de aluno novo, por exemplo. O grande problema observado por ela é a falta de preparado dos educadores para lidar com a questão. Brincadeiras ofensivas, xingamentos e atitudes impróprias às vezes são tidas com naturalidade ou passividade. “Percebi professores que não se envolviam por medo de represálias, outros, preferiam não se meter, não se sentiam, como cidadãos, responsáveis pelo que estava acontecendo”.

Na próxima novela da Rede Globo, Caminho das Índias, a autora Glória Perez vai abordar o assunto, o que na avaliação da coordenadora será importante para divulgar informações sobre o assunto e ajudar as famílias das vítimas a criar estratégias de defesa. “Tivemos um caso denunciado em 2007, de uma garota que começou a perder peso, não se alimentava mais, os pais até acharem que era um problema de saúde, mas depois de verificar que estava tudo bem, perceberam que a questão era na escola. As colegas a rejeitavam”.

Bullying – O secretário-adjunto da Assistência Social, o pediatra Euze Carvalho, diz que esse é um ato agressivo intencional e repetido executado dentro de uma relação desigual de poder, seja por idade, desenvolvimento físico ou relações com o grupo. São atos como empurrar, bater, colocar apelidos ofensivos, fazer gestos ameaçadores, humilhar, rejeitar e até mesmo ameaçar sexualmente. A Sociedade Brasileira de Pediatria dá algumas orientações de como agir:

- Se suspeitar que seu filho está sofrendo bullying, pergunte diretamente a ele;

- Fique atento aos possíveis sinais e sintomas e faça um registro diário dos incidentes;

- Afirme com confiança, quantas vezes for necessário, que você ama a criança e que ela não é culpada pelo que acontece;

- Não concorde com o pedido de manter o bullying em segredo;

- Converse com a direção ou professor se a situação continuar acontecendo

- Ajude seu filho a praticar estratégias de defesa, como gritar "não" e retirar-se do local com confiança;

- Dê a seu filho a chance de expressar seus sentimentos sobre o problema;

- Reúna-se com outros pais e discutam o que pode ser feito;

- Crie condições para encontrar-se com o filho, no caso de o bullying ocorra a caminho da escola;

- Peça para que o(s) autor(es) seja(m) retido(s) na escola, para que seu filho tenha a chance de chegar em casa em segurança;

- Pergunte a seu filho se ele gostaria de ter aulas de defesa pessoal, caso você entenda que isso possa ajudá-lo em sua autoconfiança;

- Verifique se seu filho está tendo atitudes que provoquem a ira do autor;

- Incentive seu filho a convidar um colega para ir a sua casa, criando novas amizades;

- Se precisar de ajuda, entre em contato com profissionais ou instituições especializadas.
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