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Quinta-feira, 16 de maio de 2024

Notícias | Educação

Primeiro dia do vestibular da UnB tem abstenção de 23,9%

Quase 5.700 candidatos não compareceram ao primeiro dia de provas do vestibular da Universidade de Brasília (UnB) neste sábado (17). Esse número representa 23,9% dos 23.655 inscritos. 


Segundo o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), o índice é considerado normal, pois muitos candidatos desistem do vestibular após receberem o resultado do Programa de Avaliação Seriada (PAS), que sai antes da prova. 

Estão em disputa 1.364 vagas em 73 cursos. Neste sábado, os candidatos fizeram provas de língua estrangeira, de português e de ciências humanas, como geografia e história. No domingo (18), é a vez de matemática, física, química e biologia. Os candidatos a uma vaga na Universidade Aberta do Brasil (UAB) também fazem prova no domingo.

Atrasados

Os portões fecharam dez minutos após o previsto –às 13h10–, mas ainda houve atrasados. A aposentada Ana Angélica de Matos, de 61 anos, tentava seu primeiro vestibular para Ciência Política, mas chegou às 13h14 e foi impedida de entrar. Ela culpou a falta de transporte até o local de prova. “A gente pagou para fazer a prova mas não consegue [entrar]”, disse.

Teve também quem descobriu tarde demais que estava no lugar errado. É o caso de João Pedro, de 17 anos, que deveria fazer a prova em outra faculdade a cerca de 10 km da UnB. Quando percebeu que tinha estar em outro local -a cinco minutos do fechamento dos portões-, desistiu do vestibular. “Agora não vou fazer mais”, afirmou.


No total, os candidatos têm cinco horas para responder às questões. O curso mais concorrido é medicina, com 132,71 candidatos por vaga. Em seguida, com 62,88 inscritos por vaga, está direito. Relações internacionais (51,38), ciência da computação (40,67) e engenharia civil (40,13) completam a lista das graduações mais procuradas pelos estudantes.

Indígenas

Índios e descendentes de várias etnias concorrem, neste terceiro vestibular específico, a vagas nos cursos de Agronomia, Medicina, Enfermagem, Obstetrícia, Engenharia Florestal e Nutrição.

O xavante Heronildes Dzdatsui Re Waõre, de 27 anos, vive na comunidade de Barra do Garça, no Mato Grosso. Lá, ele cursa história numa instituição privada há cerca de um ano e vai prestar vestibular para o curso de Agronomia da UnB. “São apenas duas vagas para nós indígenas. Deveria ser pelo menos cinco”, reclama.

O colega Messias Pawiri, de 24 anos, também veio no ônibus que trouxe cerca de 40 índios xavantes de Barra do Garça para fazer o vestibular para medicina. O pai de Messias já mora em Brasília e é funcionário da Fundação Nacional do Índio (Funai). “Eu ainda não sei em que área da medicina quero me formar, talvez cardiologia. Vou me formar e voltar para trabalhar na comunidade. Faltam profissionais de saúde da nossa origem”, explica o vestibulando.

Aliás, todos os concorrentes a uma dessas vagas precisam assinar um termo de compromisso para atuar na profissão que se formaram nas comunidades onde viveram. A estudante Melissa Monge, de 18 anos, por exemplo, mora em Brasília e seus avós paternos ainda vivem na comunidade dos índios terena, em Mato Grosso do Sul. Quando ela se inscreveu no vestibular, teve que se comprometer a se formar em enfermagem e praticar a profissão próxima aos demais terenas.

“Esse é o quarto vestibular que eu faço, mas o primeiro só para candidatos indígenas. Acho que vai ser mais fácil, porque tem menos concorrência”, disse.
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