Uma corrente elétrica fraca aplicada pelo crânio em uma porção específica do cérebro pode ajudar no aprendizado de capacidades motoras. Em estudo publicado na última semana pela Proceedings of the National Academy of Sciences, pesquisadores treinaram dois grupos formados cada qual por 12 voluntários a usar um joystick para mover um cursor com a maior rapidez e precisão possíveis por uma pista de obstáculos na tela de um computador.

A tarefa era difícil o bastante para garantir que o desempenho melhorasse ao longo de cinco dias de prática. Nas sessões de treinamento, todos os participantes tinham eletrodos conectados ao córtex motor primário, a parte do cérebro que planeja e executa movimentos.

Um grupo foi estimulado com uma corrente amena por meio da conexão, e o outro não. Depois de cinco dias de prática, o grupo que recebeu a corrente mostrava desempenho significativamente melhor na tarefa, tanto em termos de velocidade quanto de precisão.

Em avaliações periódicas nos três meses seguintes à experiência, as pessoas que eram parte do grupo que recebeu estímulo elétrico retiveram melhor as suas capacidades.

O Dr. Pablo Celnik, co-autor do estudo e professor assistente de medicina de reabilitação na Universidade Johns Hopkins, disse que o procedimento poderia ser útil para ajudar vítimas de derrames a recuperar funções motoras, mas "não transmitirá poderes sobre-humanos e não fará de ninguém um super-herói".