Os candidatos ao governo Mauro Mendes (PSB) e Wilson Santos (PSDB) demonstram mais uma vez que vão atacar o governador Silval Barbosa (PMDB), líder nas pesquisas de intenção de voto, para garantirem o segundo turno nas eleições.
Na manhã desta terça-feira (21), os dois candidatos juntamente com Marcos Magno (PSOL) participaram de um debate com alunos do colégio Salesiano São Gonçalo, em Cuiabá, que contou novamente com a ausência de Silval.
Mendes e Wilson com certa cumplicidade nos assuntos decidiram atacar o principal adversário ao levantar polêmicas como o superfaturamento de R$ 44 milhões na compra dos maquinários do programa 100% Equipado e deficiências de gestão nas áreas de Saúde, Educação e Segurança.
A estratégia também foi usada na noite de ontem, no segundo debate televisivo, realizado pela
TV Record, e os candidatos elevaram o tom das críticas contra o governador.
Centenas de estudantes superlotaram o auditório do colégio para acompanharem o debate, conhecerem as propostas e fizeram perguntas aos candidatos sobre diversos assuntos. No primeiro bloco, os postulantes ao Palácio Paiaguás tiveram a oportunidade de apresentar o histórico pessoal.
Nos blocos posteriores, os candidatos fizeram perguntas entre si. A primeira foi de Marcos Magno para Mauro Mendes sobre as obras para a Copa 2014. O socialista disse que Cuiabá terá a oportunidade de ser fonte de transformação e uma ponte para a industrialização do turismo.
Porém, garante não concordar com a criação da Agecopa que, segundo ele, é cabide de empregos. “Há muitas coisas que foram criadas nesta gestão e que são boas. Mas, outras eu mudaria como a Agecopa”, declarou.
Mendes aproveitou para questionar Wilson Santos sobre como o tucano avalia o “roubo” de R$ 44 milhões no superfaturamento das máquinas. “Temos que saber quem roubou e puni-los. Isso não pode ficar assim, pois, se o governo admitiu este valor é porque o rombo é superior a R$ 100 milhões”, alfinetou.
Outro ponto em questão foi a denúncia feita por Wilson sobre o “perdão” da dívida pelo Governo no valor de R$ 155 milhões de uma empresa de fertilizantes do Paraná. O novo escândalo ainda renderá polêmica, já que na tarde de hoje o tucano agendou uma coletiva à imprensa para falar sobre o assunto.