Eleito senador por Mato Grosso, o ex-governador Blairo Maggi (PR), citado no depoimento bombástico de um empresário do setor de revenda de caminhões, que ‘vazou’ às vésperas das eleições gerais desse domingo (03), sobre um esquema de corrupção montado para lesar o Estado na aquisição de maquinários, disse não ter lido o documento, publicado pelo Olhar Direto em primeira mão, mas assegurou que vai tomar as medidas judiciais cabíveis.

“Eu não vi o documento, e se era sigilo não devia estar na rua, a partir de segunda vou tomar as devidas providências na parte jurídica e as pessoas serão responsabilizadas pelos atos que cometem”, declarou Maggi, após ter sido eleito para a primeira vaga ao Senado.

O depoimento do empresário Pérsio Briante foi divulgado pela ONG Moral na sexta-feira (01). Líderes da Ong informaram que receberam o documento de forma anônima. Brianbte, no documento, confirmou um esquema envolvendo as empresas que participaram do certame licitatório e a cobrança de uma comissão, que partiu do ex-secretário de Infraestrutra, Vilceu Marchetti, e supostamente seria para a campanha de Maggi.

Como a investigação do superfaturamento de R$ 44 milhões na compra de 705 máquinas e caminhões através do programa “MT 100% equipado” corre em segredo de justiça, o juiz José Arimatéia Neves Costa, da Vara Especializada em Crime Organizado, Ordem Tributária e Administração Pública da Comarca de Cuiabá, vetou a divulgação do depoimento.

Arimatéia também determinou a abertura de um inquérito policial para investigar o Ministério Público Estadual (MPE). A decisão partiu depois do vazamento do depoimento do empresário.