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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

Notícias | Coluna do Auro Ida

opinião

Auro Ida fala sobre: "A cruz e a espada do prefeito Chico Galindo"

O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), não assume, desconversa, dissimula quando alguém pergunta se é candidato a reeleição. Mesmo assim, ninguém, na classe polí­tica, tem dúvida de que tentará um novo mandato em 2012 e que o seu sucesso depende, primeiro, da sua gestão e, segundo, das alianças que vier a construir a partir de agora.


Mero desconhecido do eleitorado cuiabano até ser convidado pelo ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) para vice em 2008, Chico Galindo, que é irmão de Altamiro Galindo, fundador da Unic, vem trabalhando, desde que assumiu o mandato, em abril passado, para "pavimentar" a sua futura candidatura. Mas hoje ele se encontra numa encruzilhada: ou carrega a "cruz" herdada da administração tucana ou rompe os grilhões que o amarram a Wilson Santos e busca novas alianças.

A sua decisão, porém, deve ser tomada somente no próximo mês, após o resultado da eleição presidencial. No caso de vitória da candidata do PT, Dilma Rousself, ele deverá se aproximar do governador Silval Barbosa (PMDB), reeleito no último domingo, e, se der o candiato do PSDB, José Serra, manterá, com certeza, a aliança com o tucanato mato-grossense. Sem ajuda federal, Chico Galindo sabe que sua chance será í­nfima.

Além disso, existe ao fantasma da possí­vel candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB), derrotado na disputa pelo governo do Estado, mas com uma votação expressiva em Cuiabá, onde foi vitorioso. O socialista não se lançou. Porém, quase ninguém tem dúvida que vai tentar, mais uma vez, chegar ao comando da capital como em 2008.

Dessa forma, Chico Galindo deverá compor o seu secretariado ao sabor dos seus interesses polí­tico/eleitoral. A composição, que deverá iniciar 2011, mostrará para onde vai a gestão Galindo. Considerado o prefeito um predestinado e não me surpreenderia se ele virasse uma espécie de Kassab (prefeito de São Paulo) para o PTB de Mato Grosso. Bom administrador, ele vem trabalhando silenciosamente para "arrumar a casa" e tentar deslanchar a partir do próximo ano.

E, como a sua estrela brilha, Cuiabá receberá inúmeras obras de infra-estrutura em razão de ser uma das sub-sedes da Copa do Mundo de 2014. A capital mato-grossense deverá virar um canteiro de obras, o que, se souber aproveitar, poderá tornar a sua possí­vel candidatura muito forte. Além disso, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) serão retomadas e o problema de abastecimento de água será resolvido como a questão do saneamento básico.

Chico Galindo está, portanto, entre a cruz e a espada: se toma a decisão na emoção, no coração, e mantém a aliança com Wilson Santos ou age com razão e trabalha para ampliar o seu rol de apoio. De uma coisa é certa: o sucesso ou não dele passa, necessariamente, pelas decisões que serão tomadas neste final do ano,
especialmente no campo polí­tico. Ou continua sendo "sombra" do tucanato mato-grossense ou assume luz própria e busca caminho próprio.
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