O presidente regional do PPS, deputado Percival Muniz, disse que os seus correligionários, Pedro Taques, eleito senador pelo PDT, empresário Mauro Mendes (PSB) e Otaviano Pivetta (PDT), já manifestaram apoio à candidatura de José Serra (PSDB) a presidente da República.

No entanto, segundo ele, tem mantido cautela na campanha do tucano em Mato Grosso devido temor de serem “enquadrados” por infidelidade partidária, já que os partidos aos quais pertencem compõem a base aliada da candidata do PT, Dilma Roussef, adversária de Serra no segundo turno da eleição presidencial.

“Eles (Taques, Mendes e Pivetta) estão tendo dificuldades de assumir. A Lei de Fidelidade Partidária amarra, mas eles estarão ajudando no que puderem”, garantiu Muniz, durante reunião nesta quinta-feira (14) com a coordenação da campanha de Serra, sob Jaime Campos (DEM).

Sobre possível “ressentimento” de Mendes em relação à Dilma por não ter recebido apoio dela durante a sua campanha ao Palácio Paiaguás, quando perdeu para o atual governador Silval Barbosa (PMDB), Percival avalia que não se trata de mágoa, mas de “convicção” de quem será o melhor presidente.

Segundo o líder socialista, essa mudança é benéfica para “oxigenar” a disputa e pontua que Dilma Roussef não cumpriu com os acordos partidários. Isso por que, apesar de o PSB e PDT ter atuado na campanha da petista do primeiro turno, Dilma não subiu no palanque de Mendes quando veio a Mato Grosso, declarando apoio apenas a Silval.