O advogado Garcez Toledo Pizza rebateu as acusações feitas contra ele pelo procurador-geral de Várzea Grande, Geraldo Carlos de Oliveira, de que o pedido de cassação do prefeito Murilo Domingos (PR) tenha sido movido por interesses pessoais e financeiros. Segundo Garcez, as declarações do procurador-geral foram levianas e sugerem uma atitude infantil por parte da defesa da administração municipal.
“Essas afirmações são levianas. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. O pedido de cassação se refere aos gastos exorbitantes com publicidade e ao caso da empresa João Só, no qual já existe uma condenação contra o prefeito”, declarou Garcez, em entrevista à imprensa durante a sessão da noite de quarta-feira (14) que acabou por arquivar o pedido de cassação.
O procurador-geral Geraldo Carlos de Oliveira declarou, durante uma ‘defesa preliminar’ apresentada antes da votação pelo arquivamento do pedido de cassação do prefeito, que as acusações contra Murilo Domingos eram de cunho pessoal e financeiro. Conforme a defesa apresentada por ele, o ex-procurador-geral Antonio Carlos Kersting estaria revoltado com o fim de ‘regalias’ a empresas do filho do seu sócio, Garcez Toledo Pizza.
Segundo o atual procurador-geral Geraldo de Oliveira, o ex-procurador, durante sua gestão, teria aprovado diversos pagamentos a processos contra a Prefeitura de Várzea Grande cujo os beneficiários são clientes do adovogado Jonan Toledo, filho de Garces Toledo Piza. De todos esses pagamentos, os quais acumulariam um total entre R$ 18 e R$ 20 milhões, Jonan teria direito a 30%. Na atual gestão, todos esses pagamentos teriam sidos suspensos, gerando a revolta de Antonio Kersting e Garces.
Para Garcez, as acusações levantadas pelo procurador-geral são uma artimanha da administração municipal para desviar o foco dos vereadores e, dessa forma, eliminar as chances de uma real investigação que culminaria na cassação do mandato de Murilo Domingos.
Indo ainda mais longe, Garcez afirmou que o Geraldo Carlos, ao realizar a defesa do prefeito na Câmara, estava assumindo uma tarefa que não compete ao procurador-geral. “Como colega de profissão, digo que o procurador está fazendo papel de infantil ao assumir a defesa do prefeito. Ele tem que defender os interesses do município e não o Murilo”.
