Um e-mail em circulação na internet divulga uma lista de servidores municipais de Barra do Garças que supostamente teriam recebido licença-prêmio, de forma indevida, pela proximidade com o prefeito Wanderlei Farias (PR) em detrimento de outros funcionários que tiveram os seus requerimentos "engavetados".

A denúncia foi encaminhada ao vereador da oposição Odorico Kiko (PT), que, por obrigação e dever, já manifestou interesse em apurar o fato. Segundo o petista, o gestor público não pode usar critério político para beneficiar ou discriminar quem quer que seja.

Ele pretende encaminhar a lista para ser investigada pelo Ministério Público (MP), mas adiantou que alguns nomes são conhecidos pela proximidade com o prefeito e outros são ditos como parentes de secretários, filhos e sobrinhos de ex-vereadores e até mesmo uma ex-vereadora consta da lista.

Segundo Kiko, a licença-prêmio é um direito do servidor público, adquirido de cinco em cinco anos, com a possibilidde de gozar de três meses de folga. Todavia, existe um pedido do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para que as prefeituras orientem os servidores a tirarem folga ao invés de ‘comprar’ a licença-prêmio.

No e-mail diz que dezenas de requerimentos solicitando a licença estão engavetados com a secretária Iolanda Correa, chefe do Gabinete do prefeito. “Vamos apurar se existe alguma motivação política por trás disso, espero que não”, destaca Kiko.

Alguns valores chegam a R$ 25 mil, R$ 15 mil e R$ 10 mil reais. O e-mail também questiona o motivo pelo qual a prefeitura alega não ter recursos para cumprir o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS).

A aplicação do PCCS foi parar na Justiça, pois, segundo o sindicato dos servidores, o prefeito não quis cumpri-la, o que dificulta a negociação com a categoria. Recentemente, o promotor Marcos Brant notificou a prefeitura para implantar o PCCS.

Atualizada e corrigida às 05h32 de sexta-feira