Inconformado com o pouco espaço cedido a Mato Grosso no governo federal, o governador Silval Barbosa (PMDB) agora luta para conseguir uma diretoria na Eletronorte (Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A). Silval já teve uma conversa com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, no sentido de indicar alguém de sua confiança para assumir o cargo.

Por enquanto, o peemedebista prefere fazer suspense sobre quem vai indicar para ocupar uma das quatro diretorias da Eletronorte no início da gestão da presidente Dilma Roussef (PT), mas adianta que o cargo não será usado para contemplar aliados que ainda estariam insatisfeitos com o espaço ocupado na sua administração.

Agora, Silval só depende do aval de Dilma para emplacar um representante mato-grossense na autarquia, o que, segundo ele, será de grande valia, principalmente para melhorar a distribuição de energia elétrica no Estado.

“Mato Grosso tem alto potencial em produção de energia. Temos energia para exportar, mas temos problemas sérios de má distribuição de energia”, reclamou o governador, em entrevista ao Olhar Direto, ao argumentar que todo espaço a mais ocupado pelo Estado será muito importante.

Ocorre que, ao invés de aumentar a representatividade, Mato Grosso acabou perdendo, com a saída de Rodrigo Figueiredo da Secretaria-Executiva das Cidades. Agora, conta somente com o afilhado político do ex-governador e senador eleito, Blairo Maggi (PR), Luiz Antônio Pagot, no comando do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).